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Polícia vai recolher material genético de filha do embaixador morto no Rio

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 02/01/2017 - 14:32
Brasília
Embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis
© Divulgação/Marcos Correa/Presidência da República

O delegado Evaristo Pontes, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, responsável pelas investigações da morte do embaixador grego no Brasil, Kyriakos Amiridis, informou hoje (2) que a polícia técnica vai recolher material genético da filha do diplomata, de 10 anos, para fazer o reconhecimento oficial do corpo, encontrado carbonizado dentro do carro da vítima, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

“Estamos providenciando o exame. Nós temos todas as informações que identificam que o corpo é do embaixador. Mas precisamos do exame técnico. Isso é protocolo. Somente com o exame técnico-científico é que a gente vai assegurar com toda a certeza que se trata do corpo do embaixador”, afirmou Pontes.

O delegado também confirmou que policiais gregos estão no Rio de Janeiro para acompanhar as investigações da morte do embaixador grego.

O carro que o embaixador dirigia foi encontrado queimado, na manhã da última quinta-feira (29), embaixo de um viaduto do Arco Metropolitano, em Nova Iguaçu. Dentro, estava o corpo carbonizado do diplomata.

Segundo o delegado, Amiridis foi morto dentro de sua casa, em Nova Iguaçu, pelo policial militar Sergio Gomes Moreira Filho, amante da embaixatriz Françoise de Souza Oliveira, e depois levado para o carro, enrolado em um tapete, com a ajuda do primo do PM, Eduardo Moreira de Melo.

O policial aparece em gravações de câmeras de segurança, no condomínio do embaixador. Ele e Eduardo confessaram participação no crime, mas a embaixatriz nega que tenha participado. Porém, segundo o delegado Pontes, ela foi a mentora intelectual do assassinato. Os três tiveram prisão temporária de 30 dias expedida pela Justiça.

Entre as motivações para o crime, pode estar a apropriação de bens e até do seguro de vida do embaixador, mas essa circunstância ainda está sendo investigada.

O diplomata estava desaparecido desde a última segunda-feira (26). Amiridis morava em Brasília e passava férias no Rio, onde foi cônsul-geral de 2001 a 2004.