Pesquisa revela que diabetes no Brasil cresceu 61,8% em dez anos

As mulheres registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de

Publicado em 17/04/2017 - 10:36 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos, passando de 5,5% da população em 2006 para 8,9% em 2016. A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada hoje (17) pelo Ministério da Saúde, revela ainda que as mulheres registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de 6,3% para 9,9% no período, contra índices de 4,6% e 7,8% registrados entre os homens.

Segundo o estudo, o Rio de Janeiro é a capital brasileira com a maior prevalência de diagnóstico médico de diabetes, com 10,4% da população. Em seguida, estão Natal e Belo Horizonte (ambos com 10,1%), São Paulo (10%), Vitória (9,7%), Recife e Curitiba (ambos com 9,6%). Já Boa Vista é a capital brasileira com a menor prevalência de diagnóstico da doença, com 5,3%.

O levantamento revela que, no Brasil, o indicador de diabetes aumenta com a idade e é quase três vezes maior entre os que têm menor escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 0,9%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 5,2% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 19,6%. O maior registro, entretanto, é na população com 65 anos ou mais, que apresenta índice de 27,2%.

Já em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de estudo apresentam índice de diagnóstico de diabetes de 16,5%. O percentual cai para 5,9% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 4,6% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.

Hipertensão arterial

Ainda de acordo com a pesquisa, o número de pessoas diagnosticadas com hipertensão no país cresceu 14,2% na última década, passando de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016. As mulheres, novamente, registram mais diagnósticos da doença – o grupo passou de 25,2% para 27,5% no período, contra índices de 19,3% e 23,6% registrados entre homens.

O Rio de Janeiro é a capital com a maior prevalência de diagnóstico médico de hipertensão, com 31,7% da população. Em seguida estão Recife (28,4%), Porto Alegre (28,2%), Belo Horizonte (27,8%), Salvador (27,4%) e Natal (26,9%). Já Palmas é a capital brasileira com a menor prevalência de diagnósticos da doença, com 16,9% da população.

Também no caso da hipertensão arterial, o indicador aumenta com a idade e é maior entre os que apresentam menor escolaridade. Nas pessoas com idade entre 18 e 24 anos, por exemplo, o índice é de 4%. Já entre brasileiros de 35 a 44 anos, o índice é de 19,1% e, entre os com idade de 55 a 64 anos, o número chega a 49%. O maior registro, entretanto, é na população com 65 anos ou mais, que apresenta índice de 64,2%.

Em relação à escolaridade, os que têm até oito anos de estudo apresentam índice de diagnóstico de hipertensão de 41,8%. O percentual cai para 20,6% entre os brasileiros com nove a 11 anos de estudo e para 15% entre os que têm 12 ou mais anos de estudo.

Matéria alterada às 18h31 do dia 25/09/2019 para corrigir informações. Os números informados no segundo e o sexto parágrafos referem-se a porcentagens e a não a médias por grupo de 100 mil habitantes, como informava o texto

Edição: Maria Claudia

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