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Reforma trabalhista vai desafogar Justiça, diz ministro Ives Gandra

Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/09/2017 - 15:49
Brasília
Brasília - O presidente do TST, Yves Gandra, durante a posse dos dois novos conselheiros ministro do TST Aloysio Corrêa da Veiga e o advogado André Luis Guimarães Godinho (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
Brasília - Presidente do TST, Ives Gandra, durante lançamento da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Brasília - Para o presidente do TST, Ives Gandra, a reforma confere flexibilidade às negociações entre empregado e patrão Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra Filho, afirmou hoje (13) que a reforma trabalhista deve desafogar a tramitação de processos nas diversas instâncias da Justiça do trabalho.

Durante café da manhã com jornalistas no Tribunal, o ministro informou que, dos 16 mil juízes que atuam em todo país, um quarto deles, isto é 4 mil, atuam na Justiça trabalhista e teriam analisado 3 milhões de processos no ano passado. No TST, a média é de 250 a 300 mil ações por ano, número que representa, comparativamente, mil vezes mais que o volume registrado na Itália, por exemplo.

Os críticos à reforma, sancionada em julho pelo presidente Michel Temer, argumentam que a nova legislação precariza as condições de trabalho. O ministro Ives Gandra, no entanto, argumentou que a reforma confere flexibilidade às negociações entre empregado e patrão.

"A reforma trabalhista, na parte processual, está sendo fantástica. A principal vocação do juiz trabalhista é conciliar. Se conseguir conciliar, promove a paz social", disse o ministro.

Visitação

Durante o café da manhã, o ministro anunciou que a partir do próximo sábado (16), o TST estará aberto para visitação do público externo. De acordo com a assessoria do órgão, cerca de 250 estudantes, principalmente do curso de Direito, visitam semanalmente o local, em geral para acompanhar sessões de julgamento.

Acompanhados de guias, os visitantes terão acesso a nove pontos, incluindo as salas das sessões, o gabinete da presidência e os jardins suspensos, localizados no 6° andar do prédio do tribunal, que tem o projeto assinado por Oscar Niemeyer. Foram treinados para a função, por uma empresa de turismo, recepcionistas e servidores do próprio tribunal. Em dois andares do prédio, são exibidos painéis de Francisco Brennand e de Athos Bulcão.

Os passeios serão realizados aos sábados, das 15h às 16h e das 16h às 17h. O agendamento prévio será necessário somente para visitas de grandes grupos. A entrada será franca.

Futuramente, as visitas deverão ser estendidas aos domingos e feriados, e uma linha de ônibus especial com destino ao TST pode ser implantada. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail cepres@tst.jus.br ou pelo telefone (61) 3043.4469.