logo Agência Brasil
Geral

Bebeto de Freitas, ídolo do vôlei brasileiro, morre em Belo Horizonte

Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/03/2018 - 17:43
Brasília
Bebeto de Freitas, ex-técnico da seleção brasileira de vôlei masculino (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bebeto de Freitas, ex-técnico da seleção brasileira<img src= de vôlei masculino (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)" class="Image img__fid__119999 img__view_mode__default attr__format__default" height="160" src="/sites/default/files/atoms/image/betodefreitas_abr14082007_1.jpg" title="" typeof="Image" width="277" />

Bebeto de Freitas, ex-técnico da seleção brasileira

de vôlei   Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/ABr

Paulo Roberto Freitas, o Bebeto de Freitas, diretor de administração e controle do Atlético (MG), morreu após sofrer um parada cardiorespiratória no centro de treinamento do clube, a "Cidade do Galo", em Belo Horizonte, na tarde desta terça-feira (13). Uma ambulância e até um helicóptero chegaram a ser deslocados para o local, mas o dirigente e ex-atleta de 68 anos não resistiu.

Mais cedo, antes de passar mal, Bebeto havia participado do lançamento do time de futebol americano do Atlético. Em nota, a direção do clube confirmou a morte e decretou luto oficial de três dias.

Geração de prata

Bebeto de Freitas foi jogador de vôlei e disputou as Olimpíadas de Munique, em 1972, e Montreal, em 1976. Mas foi como técnico da seleção brasileira que o ex-jogador fez hisória: ele dirigiu a equipe duas vezes vice-campeã olímpica de 1984, em Los Angeles, em 1988, em Seul, time que ficou conhecida como "Geração de Prata". Depois, Bebeto assumiu o comando da seleção da Itália, conquistando a Liga Mundial de 1997 e o Mundial de 1998.

Em nota, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) expressou consternação com o falecimento do ex-atleta e treinador, considerado pela entidade "um dos grandes ícones do voleibol e do esporte brasileiro". A entidade lembrou ainda da homenagem recebida por Bebeto em 2015, quando ele entrou para o Hall da Fama da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). De acordo com a CBV, a Superliga Cimed masculina e feminina e o Circuito Brasileiro Open de Vôlei de Praia irão respeitar um minuto de silêncio antes de cada partida até o próximo domingo (18).

Clubes

A primeira passagem de Bebeto no futebol foi no próprio Atlético, em 1999 e em 2001. Depois disso, ele trabalhou no Botafogo, onde foi eleito presidente do clube em 2003 por dois mandatos (até 2008). Foi responsável pela volta do time à primeira divisão do futebol brasileiro, após o rebaixamento em 2002. Também pelo clube carioca, Bebeto de Freitas fez história no vôlei, conquistando 11 títulos estaduais consecutivos.

O Botafogo também informou ter decretado luto oficial de três dias, com hasteamento da bandeira a meio mastro. A nota também presta solidariedade aos amigos e familiares e lembra que Bebeto teve papel fundamental na reconstrução do clube no período em que foi presidente. "E sempre foi um botafoguense apaixonado, além de defensor do esporte brasileiro", diz um trecho. 

Em 2009, Bebeto voltou para Belo Horizonte, como diretor-executivo do Atlético. No ano passado, assumiu a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer na gestão de Alexandre Kalil na prefeitura de Belo Horizonte, voltando ao Galo após a eleição de Sérgio Sette Câmara, atual presidente do clube.