Barco com 25 africanos é resgatado na costa brasileira

Publicado em 20/05/2018 - 16:30 Por Juliana Cézar Nunes – Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Vinte e cinco africanos e dois brasileiros foram resgatados na noite de ontem (19) em alto mar por um barco pesqueiro cearense e levados para o cais de São José de Ribamar, no Maranhão.

Os imigrantes são de nacionalidades diferentes: do Senegal, da Nigéria, da Guiné, de Serra Leoa e do Cabo Verde. São homens com idades entre 19 e 35 anos em busca de trabalho e melhores condições de vida. Eles teriam ficado 35 dias à deriva no mar em uma embarcação precária.

Embarcação com imigrantes do Senegal, Nigéria e Guiana foi resgatada à deriva na costa do Maranhão
Embarcação com imigrantes do Senegal, Nigéria e Guiana foi resgatada à deriva na costa do Maranhão (Governo do Maranhão/Direitos Reservados)

 

De acordo com o secretário de Direitos Humanos do Maranhão, Francisco Gonçalves, os resgatados foram encaminhados para atendimento médico, a maioria com quadro de desidratação e pressão alta. "No governo do estado do Maranhão, a pedido do governo federal, nós estamos colaborando com as ações humanitárias, conforme prevê a legislação internacional, no que diz respeito à saúde, alimentação e abrigo, local para eles dormirem, até que a autoridade federal defina a situação deles no Brasil", diz o secretário.

Os dois brasileiros resgatados foram presos em flagrante pela Polícia Federal e serão processados por transporte internacional ilegal de pessoas.

O delegado da Polícia Federal Francisco Robério Chaves conta que o destino dos africanos seria a cidade de Natal (RN). De lá, eles seguiriam para o Rio de Janeiro e para São Paulo, em busca de emprego. "Eles vieram tentar a sorte, encontraram lá um intermediário e pagaram cerca de mil euros para fazer esse trajeto."

Os imigrantes estão em um abrigo em São Luís do Maranhão e tentam regularizar a entrada no país. Uma equipe multidisciplinar do Centro Estadual de Apoio às Vítimas presta apoio psicológico no local. A documentação e o pedido de refúgio serão analisados pelo Ministério da Justiça.

Edição: Sabrina Craide

Últimas notícias