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Incêndio em refinaria de Paulínia não afeta abastecimento, diz ANP

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 20/08/2018 - 21:50
Rio de Janeiro

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, descartou risco de desabastecimento de combustível com a paralisação das operações da Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, onde ocorreu uma explosão.

Segundo Oddone, ainda está sendo avaliado por quanto tempo as operações ficarão paradas. “A gente não vê risco de desabastecimento. Os estoques estão bons, em nível adequado. Não há essa preocupação no momento”, disse.

Na madrugada de hoje (20), uma caldeira da refinaria explodiu e atingiu parte de uma das unidades de craqueamento catalítico e de uma unidade de destilação atmosférica, utilizadas no processo de refino de petróleo.

Oddone informou que uma equipe da ANP acompanha os trabalhos da Petrobras, na Replan, e que a estatal ainda apura as causas da explosão. Segundo o diretor-geral, não há prazo para a conclusão do trabalho.

“Felizmente, não teve nenhum dano pessoal. A nossa equipe está lá acompanhando a Petrobras. Vamos aguardar a investigação para saber as causas do acidente e em quanto tempo a Petrobras consegue botar a refinaria em operação de novo”, disse.

O diretor-geral informou que a ANP não tem que determinar prazo para o retorno das atividades, porque a refinaria é uma instalação da Petrobras com autorização da agência reguladora para operar. 

Oddone participou, na noite de hoje, da abertura do 49º Congresso Brasileiro de Geologia, no Centro de Convenções Sul América, na região central do Rio. No encontro, defendeu o avanço nas pesquisas para determinar as áreas de exploração de petróleo em território brasileiro e aproveitar a venda do produto antes da queda da demanda mundial, com a substituição por fontes de energia renováveis. Para ele, a matriz energética global nas próximas décadas será a mais diversificada da história e o petróleo, embora vá continuar relevante, perderá a importância.

“Vai ser gradualmente substituído por outras fontes energéticas, principalmente, as renováveis. A sociedade já decidiu isso em função das mudanças climáticas. O quão rápido vai ser, ninguém sabe. Pode acontecer uma ruptura tecnológica e acelerar isso. Temos que estar preparados para usar os recursos naturais que temos”, apontou.