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PRF faz blitz educativa na Semana Nacional do Trânsito

Ministro destaca importância de unificar dados para reduzir mortes
Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/09/2018 - 15:01
Brasília
Blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado na BR 040.
© José Cruz/Agência Brasil

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza, ao longo desta segunda-feira (24), atividades de orientação de comportamento no trânsito a motoristas que circulam pela BR-040, no trecho próximo à entrada de Santa Maria, no Distrito Fedeal. A ação integra a programação da Semana Nacional do Trânsito, que neste ano tem o tema Nós Somos o Trânsito.

Presente na ação, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, destacou que o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que será lançado amanhã (25), tem como propósito agrupar levantamentos feitos por entes governamentais e instituições privadas. "Muitos dados são conhecidos das secretarias municipais de trânsito. Outros, mais robustos, são produzidos por departamentos estaduais de trânsito ou departamentos estaduais de rodagem", explicou.

Blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado na BR 040.
Blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado na BR 040 - José Cruz/Agência Brasil

Na opinião do ministro, a redução de mortes no trânsito depende de uma tríade de elementos: legislação mais restritiva, condições de fiscalização eficientes e a conscientização dos condutores.

A gestora nacional de Educação para o Trânsito da PRF Adriana Lourenço também defendeu a troca de informações entre os entes municipais e estaduais, para homogeneizar as medidas de orientação aos motoristas, já que os contextos das mortes são semelhantes em todo o país e se mostram evitáveis. "Como nosso país é muito extenso e a nossa capilaridade é muito grande, a gente não tem como canalizar todas essas informações, porque muitas estão de posse dos municípios e dos estados. A PRF consegue ter as estatísticas nas rodovias. Então, a nossa ideia é, realmente, juntar todos esses entes, pra poder conseguir fazer um combate mais efetivo", disse a gestora.

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy participa de uma blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado na BR 040.
O ministro das Cidades, Alexandre Baldy participa de uma blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado na BR 040. - José Cruz/Agência Brasil

Segundo a PRF, no topo do ranking de causas de acidentes fatais ocorridos em 2016 estão a desatenção por parte do motorista (30,8%); excesso de velocidade (21,9%); ingestão de álcool (15,6%); desobediência à sinalização (10%); e ultrapassagens indevidas (9,3%). Em 6,7% dos casos, os motoristas adormeceram ao volante, causando os acidentes que resultaram em mortes. Isso significa que, somadas, essas causas que têm o erro humano em comum, totalizam 94% dos acidentes de trânsito fatais.

O Ministério da Saúde, por sua vez, indica que motoristas que dirigem alcoolizados causam mais de um quinto (21%) dos acidentes ocorridos nas vias brasileiras, sendo que as principais vítimas são homens com idade entre 20 e 39 anos. De acordo com a pasta, a cada 15 minutos o Brasil registra um óbito decorrente de acidentes de trânsito. Por dia, 103 pessoas morrem nessas circunstâncias.

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy participa de uma blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado na BR 040.
O ministro das Cidades, Alexandre Baldy participa de uma blitz educativa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), localizado na BR 040. - José Cruz/Agência Brasil

Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que a alta incidência pode ser observada em todo o mundo. Em âmbito global, os acidentes por transportes terrestres são responsáveis por 1,25 milhão de mortes (12% do total) e 50 milhões de feridos, constituindo a principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Mudança de comportamento

Estatísticas provam que gestos simples, como utilizar o cinto de segurança, considerado item obrigatório, fazem, de fato, enorme diferença. Segundo cálculos da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o uso do cinto pode reduzir em 45% o risco de morte. A porcentagem chega a 75% no caso de passageiros transportados no banco de trás do veículo.

Conforme manual escrito pela Organização das Nações Unidas (ONU), as chances de um pedestre sobreviver a um atropelamento gerado por um motorista que trafega a 64 quilômetros por hora é 80% menor do que as de um atingido por um veículo que circula com a metade da velocidade.