Quatro pacientes morrem em transferência após incêndio em UPA no Rio
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) confirmou na tarde de hoje (4) que quatro pacientes morreram após o incêndio ocorrido ontem (3) na Coordenação de Emergência Regional da Barra da Tijuca (CER Barra), edifício anexo ao Hospital Municipal Lourenço Jorge (HMLJ). Até então, a informação oficial fornecida pelo órgão era de três mortes.
No CER, ocorre a triagem dos atendimentos: pacientes de urgência e emergência clínica recebem atendimento médico na própria unidade, enquanto os casos de trauma ou cirurgia são encaminhados para o HMLJ. Segundo a prefeitura do Rio, cerca de 900 pessoas são atendidas diariamente no local. Haviam 54 pacientes internados no setor atingido pelo fogo.
O incêndio começou por volta de 16h. De acordo com a prefeitura, o edifício foi evacuado a tempo e ninguém foi atingido pelo fogo. No entanto, quatro idosos que estavam internados morreram, três na tentativa de transferi-los para o HMLJ e um após a transferência para uma outra unidade de saúde não informada.
Em nota, a SMS lamentou as mortes e afirmou que os idosos estavam em estado gravíssimo e morreram porque seus quadros não permitiram que resistissem ao transporte. "A prefeitura do Rio segue atuando na CER Barra para que o local seja reaberto o mais rápido possível. Também está oferecendo toda a assistência necessária aos pacientes e familiares", informa o órgão.
Assistentes sociais e uma psicóloga foram destacados para atender os parentes. A Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma) realizará, de forma gratuita, o enterro dos corpos das vítimas. Os sepultamentos estão sendo agendados hoje (4) e amanhã (5).
As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas. Técnicos da Defesa Civil estão no local. Os bombeiros atuaram no local até as 23h e retornaram na manhã de hoje por conta de fumaças que voltaram a sair do prédio, provavelmente em função da ventania que atingiu a cidade durante esta madrugada.
O prefeito Marcelo Crivella publicou três vídeos nas redes sociais sobre as ações adotadas pelo município. Ele informou que os pacientes foram realocados não apenas para o HMLJ, em ala não afetada pelas chamas, mas também para outros hospitais municipais, federais e inclusive privados.
Segundo Crivella, equipes da prefeitura avaliaram a estrutura do imóvel neste domingo e já vão começar a planejar os reparos. "Assim que os peritos liberarem, nosso pessoal de engenharia vai entrar para refazer todos os circuitos elétricos e as redes de água. A parte de baixo queremos que volte a funcionar em poucos dias e a parte de cima terá que ser refeita."
* Colaborou Raquel Júnia, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro