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Sambódromo do Rio é liberado pouco antes do desfile do Grupo A

Justiça autorizou os desfiles após vistoria dos bombeiros
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/03/2019 - 20:49
 - Atualizado em 01/03/2019 - 21:10
Rio de Janeiro
 O presidente da Riotur, Marcelo Alves, e a família de Candonga, guardiã da chave da cidade, fazem entrega ao Rei Momo para abertura do desffiles no Sambódromo, na Marquês de Sapucaí.
© Fernando Frazão/Agência Brasil
 O presidente da Riotur, Marcelo Alves, e a família de Candonga, guardiã da chave da cidade, fazem entrega ao Rei Momo para abertura do desffiles no Sambódromo, na Marquês de Sapucaí.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) liberou há pouco o Sambódromo para os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro deu pareceu favorável hoje (1º) para a liberação do Sambódromo, após vistoria exigida pela Justiça atendendo a um laudo do Ministério Público do estado. Os bombeiros atestaram a segurança do local com o respaldo do termo de responsabilidade, assinado pelos presidentes da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), Marcelo Alves, e da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira.

A liberação do local só ocorreu poucas horas antes do início dos desfiles do Grupo A. “Trabalhamos muito, focados na resolução das pendências do Ministério Público. Conseguimos entregar a tempo, respeitando as exigências”, disse o presidente da Riotur, Marcelo Alves.

A autorização foi dada pelo juiz de plantão Ricardo Coimbra da Silva Starling Barcellos. A informação foi confirmada pela assessoria da prefeitura. “Todas as determinações da decisão judicial proferidas nos autos do processo foram devidamente atendidas pelas rés”, destacou o juiz no seu despacho.

A expectativa durou 24 horas. Atendendo a um pedido do Ministério Público estadual (MPRJ), a juíza Mônica Ribeiro Teixeira, da 1ª Vara da Fazenda Pública, determinou que o Corpo de Bombeiros vistoriasse o Sambódromo e que os presidentes da Riotur e da Liesa assinassem um Termo de Responsabilidade. A documentação é fundamental para que o Sambódromo recebesse o laudo de liberação. Segundo a argumentação da juíza, desde a sua inauguração, há 35 anos o Sambódromo não tem as normas legais e técnicas exigidas pelo Corpo de Bombeiros

No final da manhã de hoje, militares do Corpo de Bombeiros vistoriaram a Passarela do Samba. O laudo saiu no meio da tarde e informava que a corporação não iria se opor aos desfiles. 

Com as assinaturas dos responsáveis da Riotur e da Liesa, a indefinição acabou no início da noite, 1 hora e 30 minutos antes do início do desfile das escolas de samba do Grupo A.

 Bombeiros chegam para a  abertura do desffiles no Sambódromo, na Marquês de Sapucaí.
Bombeiros chegam para a abertura do desffiles no Sambódromo, na Marquês de Sapucaí. - Fernando Frazão/Agência Brasil

Em seguida, Marcelo Alves acrescentou que: “Felizmente tudo foi entregue, juntamente com um termo [de responsabilidade] assinado por mim, representando a Riotur, e pelo Jorge da Liesa. O carnaval não corre o menor risco”.

Rei Momo

Sob chuva, o carnaval do Rio está oficialmente aberto pela cerimônia de entrega da chave da cidade ao Rei Momo. O ato, que simboliza o início das festividades. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, não compareceu. Ele foi representado pelo presidente da Riotur, Marcelo Alves, que entregou a chave ao Rei Momo, Wilson Neto.

O presidente da Riotur justificou a ausência do prefeito dizendo que ele estava trabalhando, no Centro de Operações Rio, espécie de quartel-general de onde se pode monitorar toda a cidade.

 O presidente da Riotur, Marcelo Alves, e a família de Candonga, guardiã da chave da cidade, fazem entrega ao Rei Momo para abertura do desffiles no Sambódromo, na Marquês de Sapucaí.
O presidente da Riotur, Marcelo Alves, e a família de Candonga, guardiã da chave da cidade, fazem entrega ao Rei Momo para abertura do desffiles no Sambódromo, na Marquês de Sapucaí. - Fernando Frazão/Agência Brasil

A família de José Geraldo de Jesus, o Candonga, responsável pela guarda da chave da cidade, demonstrou frustração com a ausência do prefeito.

"A gente se sente meio desprestigiado, porque durante anos a tradição foi mantida e nós sempre fizemos um evento muito bonito, no Palácio da Cidade, e esses últimos anos têm sido meio conturbados”, afirmou Eduarda Geórgia, neta de Candonga.

* Texto atualizado às 21h09 para correção e acréscimo de informação