Polícia identifica 23 vítimas da milícia que age em Queimados, no RJ

Publicado em 30/07/2019 - 17:24 Por Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), com base em investigação e cruzamento de dados e imagens sobre a atuação da milícia conhecida como Caçadores de Ganso, identificou 23 pessoas que teriam sido vítimas do grupo criminoso que atua em Queimados, na Baixada Fluminense. 

A organização foi alvo da Operação Hunter, no dia 18, que prendeu 21 pessoas, entre elas o vereador Davi Brasil Caetano (Avante), apontado como líder da quadrilha. No dia seguinte, três corpos foram encontrados em um poço em um sítio abandonado na área rural do município. São eles: Márcio Wagner Alves, conhecido como Japão, Ronaldo Cabral Álvares, o Coringa; e um corpo carbonizado, ainda não identificado.

A milícia de Queimados age principalmente em três condomínios do Minha Casa Minha Vida - Valdariosa, Ulysses Guimarães e Eldorado. O vereador Davi Brasil, que também é policial militar reformado, foi investigado em 2017 pelo Ministério Público estadual. Atualmente Davi Brasil exercia o papel de liderança do grupo. Ele fazia a coordenação de todos os outros integrantes e foi responsável por expandir a milícia, que começou no condomínio Ulysses Guimarães.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação apontou que, pelo menos mais 20 mortes ocorridas nos anos de 2016 e 2017, estão associadas à mesma milícia. No entanto, os assassinatos cometidos pelo grupo criminoso pode chegar a 100, segundo relatos de parentes de desaparecidos, em depoimentos prestados no inquérito policial.

A Delegacia de Homicídios da Baixada continua fazendo levantamento e buscas para encontrar mais cemitérios clandestinos e locais onde possam estar os corpos das vítimas da milícia de Queimados.


 

Edição: Fábio Massalli

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