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Petroleiros da Petrobras suspendem greve

Paralisação contra demissões em subsidiária da empresa começou dia 1º
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 20/02/2020 - 19:36
Rio de Janeiro
Edifício-sede da Petrobras na Avenida Chile, centro do Rio
© Fernando Frazão/Agência Brasil

Os petroleiros da Petrobras decidiram hoje (20) suspender a greve da categoria. O anúncio foi feito pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 13 sindicatos da categoria no país. Está marcada para esta sexta-feira (21), uma audiência entre representantes da categoria e da Petrobras com o ministro Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Os petroleiros estavam em greve desde 1º de fevereiro, contra as demissões previstas na Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR), que pertence à Petrobras. Segundo a Federação Única dos Petroleiros, mil empregos serão perdidos com o fechamento da fábrica de fertilizantes, decisão tomada pela Petrobras porque a unidade gera prejuízos e não despertou interesse de compradores.

A Petrobras informa que planeja 396 demissões e oferece acordos indenizatórios que incluem manter assistência médica e educacional por um período. De acordo com o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, outras demissões podem ocorrer, ou não, já que se referem a empregados de empresas contratadas pela petrolífera. A FUP destaca que o acordo coletivo de trabalho prevê que demissões coletivas sejam discutidas previamente com o sindicato.

Em 20 dias de paralisação, a FUP afirma que a greve chegou a ao menos 121 unidades da Petrobras, entre elas 58 plataformas. Apesar disso, Castello Branco, disse hoje que "nenhuma gota" deixou de ser produzida, já que a empresa contratou equipes de contingência para manter as atividades.

A paralisação foi parar na Justiça, e decisões do Tribunal Superior do Trabalho e do Supremo Tribunal Federal determinaram que 90% dos profissionais continuassem em suas funções durante a greve. Nesta semana, o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho declarou a greve ilegal por não ter cumprido decisões liminares.

Diante da abertura de uma mesa de negociação no TST, que terá início amanhã (21), a FUP indicou ontem (19) a suspensão provisória da greve.