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Geral

Baixada Fluminense é afetada pelas fortes chuvas

Força-tarefa dos órgãos municipais atuaram nos locais no domingo
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 02/03/2020 - 11:24
Rio de Janeiro
Moradores tentam remover carros danificados de um rio alagado no bairro Realengo após fortes chuvas no Rio de Janeiro, Brasil, 2 de março de 2020. REUTERS / Ricardo Moraes
© REUTERS / Ricardo Moraes/Direitos Reservados

Municípios da baixada fluminense estão entre os mais atingidos pelas fortes chuvas que atingem o estado do Rio de Janeiro desde sábado (29). Em Mesquita, os bairros da Chatuba, Coreia, Centro e Santa Terezinha passaram por um trabalho de desobstrução das ruas com retroescavadeiras e caminhões. Segundo a prefeitura, uma força-tarefa dos órgãos municipais atuaram nos locais no domingo (1º).

Na Rua Coronel França Leite, na Chatuba, o solo cedeu sobre uma tubulação de ferro, abrindo uma cratera no asfalto. A prefeitura informou que a área estava isolada há mais de uma semana, mas os tapumes foram levados pela água. “A Defesa Civil já isolou a área novamente e vistoriará os imóveis, para atestar qualquer risco nos mesmos”.

O Rio Sarapuí transbordou e a prefeitura de Mesquita solicitou uma ação de limpeza Instituto Estadual do Ambiente (Inea). 

São João de Meriti

A Prefeitura de São João de Meriti informa que a cidade entrou em estágio de Alerta Máximo às 11h50 de ontem e às 12h8 todas as sirenes do município foram acionadas. No balanço divulgado na manhã de hoje, foram 20 chamados de emergência, com sete edificações interditadas devido ao risco de deslizamento de encosta, sendo seis no bairro Jardim Metrópole e uma no bairro Venda Velha. Quatro famílias estão desalojadas.

A Defesa Civil também registrou o desabamento de um muro no bairro Vilar dos Teles e um deslizamento de terra no Jardim Metrópole, ambos sem risco para os moradores.

Magé

Ainda na baixada fluminense, a prefeitura de Magé, a alta da maré no canal que deságua na Baía de Guanabara contribuiu para os alagamentos na cidade. A prefeitura convocou uma força-tarefa para minimizar os prejuízos e prestar assistência às pessoas que moram em áreas de risco de deslizamento e zonas de alagamento, que foram encaminhadas para pontos de apoio.

A Defesa Civil interditou casas em áreas de risco. Um imóvel no bairro Lagoa desabou após o deslizamento de um morro. Dois moradores foram retirados dos escombros e levados para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Eles não apresentam fraturas e estão em estado estável.

Nova Iguaçu

Segundo a prefeitura de Nova Iguaçu, a cidade registrou o maior volume pluviométrico acumulado em fevereiro desde 2008, com 331milímetros (mm), seis imóveis foram desocupados e há 23 desalojados e um desabrigado. No bairro de Austin, o deslizamento de uma encosta atingiu uma casa, mas não deixou vítimas.

O poder executivo municipal atuou durante todo o domingo para contornar os transtornos, com ações como limpeza de rios e canais, retirada de lama das ruas, avaliação de riscos estruturais e resgate de moradores em casas alagadas e com difícil acesso, feito com barcos por guardas ambientais e bombeiros miliares, no bairro Prados Verdes.

Capital

Na cidade do Rio de Janeiro, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil recebeu 349 chamados entre 20h30 de sábado (29) e a manhã de hoje. Foram 121 por desabamento de estrutura, 79 deslizamentos de barreiras e encostas, 63 ameaças de desabamento de estrutura e 31 imóveis com rachadura e infiltração. Os bairros mais afetados foram Realengo, Taquara, Campo Grande, Bangu e Deodoro, todos na zona oeste.

Foram feitas 18 interdições emergenciais e 30 sirenes foram acionadas, em 16 comunidades, após volume de chuva atingir o protocolo de desocupação preventiva. Os locais afetados foram Rocinha, Alemão, Joaquim de Queiroz, Morro da Fé, Rua Frey Gaspar, Nova Brasília, Palmeiras, Parque Alvorada, Cariri, Vila Cruzeiro, Rua Mirá, Adeus, Piancó, Sítio Pai João, Comandante Luiz Souto e Espírito Santo.

Por volta das 10h30 da manhã de hoje, havia 22 ocorrências em andamento na capital, com 19 pontos de acúmulo de água na zona oeste e três quedas de árvores, em Paquetá, São Conrado e na Taquara.

Os maiores acumulados de chuva entre meia noite e 8h de hoje foram registrados em Santa Cruz (154,6 mm), Bangu (133,6 mm), Alto da Boa Vista (119,8 mm), Anchieta (114,2 mm) e Grota Funda (112,8 mm).

Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, os Aeroportos Santos Dumont e RioGaleão operam pela manhã com o auxílio de instrumentos para manobras de pousos e decolagens.

A previsão para hoje é de tempo instável no município, com chuva e vento moderados a forte durante todo o dia. A cidade segue em estágio de alerta.