Academias do Rio reabrem com agendamento dos alunos

Espaços infantis, saunas e spas continuam proibidos

Publicado em 02/07/2020 - 10:48 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil* - Brasília

As academias de ginástica e outros estabelecimentos de atividades esportivas reabrem hoje (2) no Rio de Janeiro, após terem sido fechados em meados de março devido à pandemia de covid-19. De acordo com as regras de reabertura gradual impostas pela prefeitura, as academias podem funcionar em horário integral, mas com agendamento de horário para os alunos e limitadas a um terço da capacidade.

Devem ser tomados todos os cuidados sanitários de higienização dos aparelhos, disponibilização de álcool em gel para os frequentadores, uso de máscara pelos funcionários e alunos e distância de 3 metros por pessoa.

O uso de piscinas está liberado apenas para aulas de natação. Espaços infantis, saunas e spas continuam proibidos. Atividades de crossfit estão liberadas, mas sem o uso de equipamentos de difícil higienização, como pneu e corda naval. Podem ser retomadas as aulas de luta e de dança, mas sem contato físico. O treinamento funcional na praia está autorizado apenas para atividades individuais.

Retomada

A Associação Brasileira de Academias (Acad Brasil) informa que não tem dados sobre demissões e dificuldades enfrentadas pelo setor durante o período sem atividades presenciais. Mais de 30 mil academias permaneceram fechadas desde março em todo o país, segundo a entidade.

A Acad Brasil disponibilizou uma cartilha com orientações sobre a retomada das atividades.

Durante o período de fechamento, muitas mantiveram as atividades de forma online, com aulas ao vivo, pagas ou gratuitas, ou disponibilizando vídeos para treinamento em casa.

Preparação

Leonardo Britto é professor e sócio da Real Cross, academia de crossfit em Botafogo, na zona sul do Rio. Ele diz que perdeu 60% dos alunos durante o período em que ficou fechado, mas que conseguiu manter todos os funcionários e as contas em dia.

“Alunos que moram longe e treinavam com a gente, por causa do trabalho, pararam de pagar, outros tiveram redução salarial, ou foram demitidos. Outros saíram da cidade, já que estão em home office, foram para a casa dos pais. Nós conseguimos fazer uma adequação no aluguel, negociamos com um número bacana pros dois lados e conseguimos manter o pagamento de todos os colaboradores e todas as contas.”

Ele disse que emprestou os equipamentos para os alunos treinarem em casa e estão preparando o retorno às atividades há um mês, com a adequação dos ambientes e separação de materiais que não poderão ser usados nesse primeiro momento, como as cordas de escalada. As aulas presenciais retornam na segunda-feira, com a redução de 20 para dez o máximo de alunos por turma.

“É um grande desafio para nós gestores e também para os clientes. Tem que haver um entendimento bem legal das duas partes. Prestamos um serviço em que a participação deles é fundamental”.

Distanciamento

Para Britto, ainda há dúvidas sobre as orientações. “Nas determinações sanitárias há a obrigatoriedade do uso de máscara, que não é recomendado para fazer atividade física. Ao suar com o exercício físico, molha a máscara e a umidade no tecido serve de porta de entrada para o vírus, seria melhor não usar máscara e somente manter o distanciamento, como estão fazendo em outros países”.

*Colaborou Raquel Júnia, repórter do Radiojornalismo EBC

Matéria modificada às 14h18 para acréscimo de informação

Edição: Maria Claudia

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