IBGE: 1,1 milhão de pessoas voltaram ao trabalho no início de agosto

Cerca de 4,7 milhões continuava afastada no período de 2 a 8 do mês

Publicado em 28/08/2020 - 13:42 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Cerca de 1,1 milhão de pessoas voltaram ao trabalho na primeira semana de agosto (dias 2 a 8), depois de ficarem afastadas por causa do distanciamento social provocado pela pandemia de covid-19. Com isso, cerca de 4,7 milhões de pessoas (5,7% da população ocupada) continuavam afastadas do trabalho no início do mês. O resultado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19) semanal, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Não houve coleta de dados na última semana de julho (de 26 de julho a 1º de agosto), devido a uma parada técnica da pesquisa. Mas, na penúltima semana daquele mês (dias 19 a 25), a população afastada chegava a 5,8 milhões, ou 7,1% da população ocupada.

Na primeira semana da pesquisa (de 3 a 9 de maio), o afastamento atingiu 16,6 milhões de trabalhadores, ou 19,8% da população ocupada.

A população ocupada do país foi estimada em 81,6 milhões na semana de 2 a 8 de agosto. Isso representa estabilidade em relação à penúltima semana de julho, quando o número era de 81,2 milhões de pessoas, mas de queda em relação à semana de 3 a 9 de maio. Lá eram 83,9 milhões de pessoas.

A população ocupada e não afastada do trabalho chegou a 74,7 milhões de pessoas, uma elevação na comparação com a penúltima semana de julho, quando eram 72,3 milhões e ainda em relação à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).

Dessas pessoas, 8,6 milhões ou 11,5%, da população ocupada e não afastada, trabalhavam remotamente. O contingente representa estabilidade frente a penúltima semana de julho (8,3 milhões ou 11,5%) e, em números absolutos, em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões). No entanto, em termos percentuais frente àquela semana (13,4%) houve queda.

O nível de ocupação (47,9%) ficou estável na comparação à penúltima semana de julho (47,7%), mas com recuo em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%).

Informalidade

A taxa de informalidade aproximada registrou 34,2% e também mostrou estabilidade em relação à penúltima semana  de julho (33,5%), mas recuou n comparação com a semana de 3 a 9 de maio (35,7%).

A população desocupada de 12,6 milhões de pessoas, também é uma estabilidade frente a penúltima semana de julho, quando era 12,9 milhões, mas superior à da semana entre 3 e 9 de maio de 9,8 milhões. Com o resultado, a taxa de desocupação atingiu 13,3% no período de 2 a 8 de agosto, o que representa estabilidade em relação à penúltima semana de julho (13,7%) e alta na comparação com a primeira semana de maio (10,5%).

Ainda na primeira semana de agosto, a taxa de participação na força de trabalho (55,3%) ficou estável, tanto na comparação com a da penúltima semana de julho (55,3%), como com a primeira semana de maio (55,2%).

Os que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho, ou seja, fora da força de trabalho, chegaram a 76,1 milhões de pessoas, e permaneceu estável na comparação à penúltima semana de julho (76,0 milhões), como também em relação à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Entre essas pessoas, cerca de 28,1 milhões, ou 36,9% da população fora da força de trabalho, gostariam de trabalhar. Isso significa estabilidade em relação à penúltima semana de julho (28,0 milhões ou 36,9%) e ainda na comparação com a semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

A pandemia e a falta de ocupação na localidade em que moravam foram os motivos de cerca de 18,3 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho. Esse contingente, que corresponde a 24,1% das pessoas fora da força, permaneceu estável em relação à penúltima semana de julho (18,5 milhões ou 24,4%) e à semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 25,1%).

Pandemia

Na primeira semana de agosto, a Pnad Covid-19 estimou em 13 milhões de pessoas (ou 6,2% da população do país), as que apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à doença como febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular, que são os investigados pela pesquisa.

O total representa estabilidade na comparação à penúltima semana de julho (13,3 milhões ou 6,3% da população) e queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).

Entre os que tiveram algum sintoma, cerca de 3,2 milhões de pessoas ou 24,3%, procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento em postos de saúde, equipe de saúde da família, unidade de pronto atendimento (UPA), pronto-socorro ou hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto-socorro ou hospital privado, o que significa que ficou estável em relação à penúltima semana de julho (3,3 milhões ou 24,3%) e em números absolutos, apesar de ter alta em termos percentuais frente a semana de 3 a 9 de maio, quando ficou em 3,7 milhões ou 13,7%. Os atendimentos na rede pública de saúde superaram os 82%.

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