Projeto busca fortalecer rede de proteção a crianças da Maré, no Rio

Organizações civis atuarão com apoio da Unicef

Publicado em 10/08/2020 - 16:28 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Perante o contexto da pandemia da covid-19, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) se uniu às organizações da sociedade civil Luta pela Paz, Redes da Maré e Observatório de Favelas e lançou o projeto CRIAndo Rede: proteção à vida de crianças e adolescentes na Maré, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

O objetivo da iniciativa é fortalecer a rede de proteção social e de políticas públicas voltadas para crianças, adolescentes e jovens vulneráveis do Complexo da Maré, o maior conjunto de favelas do estado do Rio, bem como suas famílias.

Segundo a agência da ONU, entre as ações que serão desenvolvidas até setembro estão doações de cestas básicas e kits de higiene para mais de 6 mil famílias. A chefe do Território Sudeste do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, disse que, no momento de interação com as famílias, as organizações vão fazer o reconhecimento das que estão em maior vulnerabilidade.

Além disso, o projeto vai realizar atendimento psicossocial remoto com assistentes sociais, psicólogas e advogada para identificar e responder a situações de vulnerabilidade envolvendo famílias com crianças e adolescentes da comunidade de favelas. Jovens mobilizadores da Maré também atuarão como agentes promotores da saúde mental, produzindo e disseminando conteúdo.

“É fundamental, nesse momento de pandemia, a gente dar atenção à saúde mental das crianças e dos adolescentes que também estão confinados em casa, sem ir para a escola, sem perspectiva de quando as aulas vão recomeçar, de quando vão poder estar em contato com seus colegas. Tudo isso causa uma ansiedade muito grande, disse Luciana.

O projeto também prevê o mapeamento dos serviços públicos na Maré, como a existência de centros de referência da assistência social (CRAs) e conselho tutelar, para identificação de gargalos do sistema local de proteção. A ideia é realizar recomendações às políticas públicas para adaptação e fortalecimento da rede e protocolos durante e após a pandemia.

Edição: Fernando Fraga

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