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Cultura

Coluna: festival Goiânia Mostra Curtas terá 80 produções nacionais

Semana também tem a estreia do longa nacional Os Primeiros Soldados
Anna Karina de Carvalho - Comentarista da TV Brasil*
Publicado em 08/07/2022 - 06:38
Brasília
Cartaz de divulgação da 21ª Goiânia Mostra Curtas.
© Selon/Divulgação/Direitos reservados

Após ser premiado em diversos festivais internacionais e nacionais, o filme Os Primeiros Soldados entra em cartaz nas principais capitais brasileiras.

A história se passa em Vitória, no Espírito Santo, na virada de 1983, quando um grupo de jovens LGBTQIA+ celebra o réveillon sem ideia do que pode acontecer.

Contaminado pelo HIV, o biólogo Suzano percebe que algo muito terrível começa a transtornar seu corpo e tenta lidar com o desespero diante da falta de informação e do futuro incerto.

Para o diretor Rodrigo de Oliveira "É preciso devolver esse tema para a sociedade, atualizá-lo e enfrentá-lo, porque o HIV é ainda uma questão do presente. A cada 15 minutos, uma pessoa é infectada pelo vírus no Brasil; ainda morrem perto de 11 mil pessoas por ano."

Cartaz feito pelo artista Selon para a 21º Goiânia Mostra Curtas.
21º Goiânia Mostra Curtas - Selon/Divulgação

Curtas na internet

Existe um formato de filmes que adoro: os curtas-metragens. Este tipo de filme geralmente só conseguem espaços em festivais de cinema. Por isso, iniciativas como a do Goiânia Mostra Curtas - um dos mais expressivos festivais dedicados ao cinema brasileiro no formato curta-metragem - é tão importante.

São mais de 80 filmes, que representam 18 estados brasileiros, exibidos de 5 a 10 de julho. A 21ª edição da mostra é totalmente online e gratuita, basta acessar o canal do YouTube do festival e mergulhar no mundo dos curtas brasileiros!

As informações sobre a programação podem ser acessadas no site oficial do evento.

Premiados na TV Brasil

Para quem gosta de uma boa cinebiografia, eu indico o filme O Vencedor, em cartaz nesta sexta-feira (8) na TV Brasil.

O drama mostra a história real de Micky "Irish" Ward, interpretado por Mark Wahlberg, um dos maiores boxeadores dos anos 1980, que depois de enfrentar sérias dificuldades e quase desistir, se tornou campeão mundial.

Tanto no filme como na vida real, o boxeador Micky Ward enveredou para o universo do boxe influenciado pelo meio-irmão mais velho, Dicky Ecklund, interpretado por Christian Bale.

O Vencedor vai muito além do esporte e mostra o cotidiano de um lutador que, além de vencer os adversários no ringue, tenta se desvencilhar de um sentimento muito profundo: de ser sempre puxado para baixo por sua família.

O longa recebeu sete indicações ao Oscar no ano de 2011, todas merecidas. O filme levou para casa duas estatuetas, incluindo melhor atriz para Melissa Leo e de ator coadjuvante para Christian Bale.

Lembrando que a obra é uma excelente pedida para quem gostou de filmes clássicos do universo do boxe, como Touro Indomável, Rocky, Um Lutador e Menina de Ouro.

Imperdível! e o melhor: na sala de casa.

O Vencedor será exibido em 8 de julho, às 22h30 com reprise às 3h45, no Festival de Cinema da TV Brasil.

*Anna Karina de Carvalho é jornalista e comentarista de cinema