Operação antiterrorista em Bruxelas prossegue, mas não visa suspeito Abdeslam
O suspeito mais procurado no quadro do inquérito dos atentados terroristas de Paris em novembro passado, Salah Abdeslam, não era visado pela operação antiterrorista de hoje em Bruxelas, que prossegue após várias trocas de tiros, indicaram fontes policiais francesas.
Depois de o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, ter confirmado, que policiais franceses participavam da operação de hoje em Bruxelas, durante a qual as forças de ordem foram surpreendidas com tiros de armas pesadas, fontes policiais francesas indicaram à agência France Presse que Abdeslam, o homem mais procurado por envolvimento nos ataques de Paris, não era o alvo da operação.
“A operação não visava Salah Abdeslam, mas sim próximos de um ou mais dos 11 acusados” na Bélgica, referiu a mesma fonte.
A procuradoria federal belga não emitiu comunicado sobre a operação, porque está em andamento – as autoridades solicitaram que não sejam difundidas imagens em tempo real, o que os canais televisivos belgas estão respeitando, repetindo imagens gravadas.
Um porta-voz adiantou que, ao chegarem a um apartamento presumivelmente abandonado, na Rue de Dries, na comuna de Forest, durante uma perseguição relacionada com os ataques de Paris, os policiais foram imediatamente alvo de tiros de armas pesadas.
Pelo menos três agentes, todos eles belgas - informação confirmada pelo ministro do Interior belga, Jan Jambon -, foram feridos durante as várias trocas de tiros.
Na comuna de Forest, a polícia montou um grande perímetro de segurança, ainda em busca do autor ou dos autores dos disparos.
Analistas da luta antiterrorista entrevistados pela televisão belga RTBF sublinham que esta é a primeira vez que, no quadro das muitas operações policiais levadas a cabo em Bruxelas, desde os atentados de Paris de 13 de novembro passado – em grande parte planeados e conduzidos a partir da capital belga -, a polícia é visada por tiros, e de forma aparentemente inesperada.
Desde os atentados de novembro na capital francesa, que fizeram 137 mortos, 11 pessoas foram formalmente acusadas na Bélgica de ligação aos ataques, oito dos quais encontram-se em prisão preventiva, continuando em fuga o suspeito mais procurado, Salah Abdeslam.