França se recusa a retirar reforma trabalhista, mas admite alterações pontuais

Devido à paralisação dos trabalhadores, entre 20% e 30% dos postos de

Publicado em 26/05/2016 - 08:45 Por Da Agência Lusa - Paris
Atualizado em 26/05/2016 - 08:47

Greve na França

Greve na França atinge hoje centros petrolíferos e centrais nuclearesEPA/Christophe Petit Tesson

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, recusou hoje (26) retirar a reforma trabalhista apesar dos protestos dos trabalhadores no país. Ele admite a possibilidade de introduzir alterações pontuais, mas sem modificar a filosofia geral do texto. Numa entrevista transmitida pela televisão, citada pelas agências de notícias internacionais, Valls considerou irresponsável a ação da Confederação Geral do Trabalho, que lidera o movimento contra o projeto de lei.

O primeiro-ministro assegurou ainda que vai continuar sendo desbloqueado o acesso às instalações petrolíferas e industriais que tinham sido fechadas por piquetes de greve.

Questionado sobre os recursos que estariam disponíveis a usar para obrigar os grevistas a voltar ao trabalho em caso de força maior, o governante disse que “todas as possibilidades estão em cima da mesa”.

Greve na França atinge postos de combustíveis

Devido à greve, entre 20% e 30% dos postos de combustíveis da França estão fechados ou em dificuldadesEPA/Thibault Vandermersch/Agência Lusa/Direitos reservados

Valls reconheceu que entre 20% e 30% dos postos de combustíveis do país estão fechados ou em dificuldades. Segundo ele, são os franceses que sofrem com a situação, que, se continuar, pode pesar na economia do país.

A três semanas da abertura do Campeonato Europeu de Futebol 2016, o primeiro-ministro adiantou que o projeto de lei para a reforma trabalhista será aprovado neste verão, insistindo no argumento de que a lei “é boa para as empresas, boa para os trabalhadores e boa para os sindicatos”.

Uma greve de trabalhadores contra a reforma trabalhista paralisa hoje centros petrolíferos e centrais nucleares. Os controladores aéreos encontram-se também em greve.

Trata-se da oitava jornada de mobilização convocada pelos sindicatos, desde março, com o objetivo de exigir a retirada do projeto de lei, que os sindicalistas acusam de destruir os direitos dos trabalhadores.

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