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Internacional

Unicef aponta reformas educativas do Brasil como exemplos a serem seguidos

Em nove anos, as taxas de matrícula dos jovens de 15 anos aumentaram
Da Agência Lusa
Publicado em 28/06/2016 - 10:10
Nova York
Aumenta número de jovens pobres que concluem o ensino médio
© Arquivo Agência Brasil
Aumenta número de jovens pobres que concluem o ensino médio

Aumenta número de jovens pobres que concluem o ensino médioArquivo Agência Brasil

O relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado hoje (28), apresenta como exemplos as reformas educativas do Brasil, que em nove anos aumentaram as taxas de matrícula dos jovens de 15 anos de 65% para 78%.

Com o título “Uma oportunidade justa para todas as crianças”, o documento alerta para a urgência de investir nas crianças mais pobres do mundo, sob pena de deixar para trás milhões delas.

No capítulo dedicado à educação, o Unicef cita alguns exemplos: “O Brasil e o Vietnam oferecem lições valiosas sobre como reformar os sistemas educativos”.

Segundo o relatório, reformas múltiplas que começaram nos anos 90 no Brasil permitiram melhorar as taxas de matrículas dos adolescentes e os desempenhos escolares.

Entre 2003 e 2012, as taxas de matrícula dos adolescentes de 15 anos aumentaram de 65% para 78% e muitas crianças que entraram nesse período no sistema educativo eram de regiões carentes.

No mesmo período, os resultados médios dos alunos brasileiros no Programa para a Avaliação Internacional dos Estudantes (Pisa) aumentaram 25 pontos.

Entre os estudantes mais desfavorecidos, o aumento foi de 27 pontos, segundo programa de avaliação feita a cada três anos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Entre as reformas que produziram esses resultados está a criação de uma comissão independente, que se tornou o Sistema de Avaliação do Ensino Básico e serve hoje como mecanismo transparente de avaliação e como um método comum de medição dos desempenhos na aprendizagem, diz o Unicef.

Como resultado das avaliações, as escolas mais bem sucedidas ganham mais autonomia, enquanto as que registram piores resultados recebem apoio para melhorar os padrões.

Os autores do relatório acrescentam que o Brasil também aumentou o financiamento da educação, que em 2012 atingiu 6,3% do Produto Interno Bruto.

A formação de professores e o programa Bolsa Escola, que prevê transferências de dinheiro para as famílias mais pobres, também contribuíram para melhorar a educação no Brasil, segundo a instituição..

O exemplo “mostra que acelerar o progresso educativo para as crianças mais desfavorecidas pode ter resultados positivos”.