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Internacional

EUA encerram investigação sobre Hillary no caso e-mailgate

Da Ansa
Publicado em 07/07/2016 - 09:53
Washington
Hillary Clinton em campanha para disputar as eleições presidenciais pelo partido Democrata norte americano
© Dominick Reuter/Agencia Lusa
Hillary Clinton em campanha para disputar as eleições presidenciais pelo partido Democrata norte americano

Hillary Clinton em campanha para disputar as eleições presidenciais pelo partido Democrata norte americanoDominick Reuter/Agencia Lusa

A investigação sobre o uso indevido do e-mail pessoal de Hillary Clinton para assuntos oficiais, quando era secretária de Estado (2009-2013), chamado pela imprensa local de e-mailgate, foi oficialmente encerrada sem que Hillary seja incriminada. A informação foi divulgada pela procuradora-geral norte-americana de Justiça, Loretta Lynch, confirmando aceitar as recomendações do FBI sobre o desfecho do caso.

Após a conclusão do inquérito, o diretor da polícia federal norte-americana, James Comey, afirmou que não há provas de que a ex-primeira-dama e sua equipe tivessem a intenção de violar a lei, embora tenham sido "extremamente negligentes". Das mais de 30 mil mensagens analisadas, 110 continham "informações confidenciais". Segundo o FBI, é possível que "atores hostis" tenham tido contato com esses e-mails.

Enquanto foi secretária de Estado, Hillary usou um servidor privado para enviar mensagens oficiais, impedindo as autoridades norte-americanas de terem acesso aos registros de suas comunicações profissionais, como é de praxe para quem ocupa cargos públicos.

A lei federal dos Estados Unidos estabelece que cartas e e-mails enviados e recebidos por funcionários do governo no exercício de suas funções são considerados documentos oficiais e, por isso, devem ser conservados, arquivados e ficar à disposição do Congresso, de historiadores e da imprensa. A legislação exclui apenas as mensagens que guardam segredos de Estado ou estão ligadas à segurança nacional.

Hillary alega que adotou tal postura por comodidade e porque achava que era permitido. A resposta da procuradora-geral foi divulgada em meio à polêmica por ter se encontrado informalmente com o marido de Hillary, o ex-presidente Bill Clinton, dias antes do anúncio.

Agora resta a dúvida de que o caso possa assombrar a campanha de Hillary para a presidência. Com a decisão do FBI de não incriminá-la, ela terá um argumento para mostrar aos eleitores que não cometeu irregularidades.