Trump culpa "conspiração internacional" por acusações de assédio a mulheres
A 25 dias das eleições presidenciais dos Estados Unidos, o candidato do Partido Republicano, Donald Trump, tem uma teoria para explicar as acusações que vem sofrendo de mulheres que disseram ter sido assediadas e abusadas por ele.
Em um comício em West Palm Beach, no estado da Flórida, nesta quinta-feira (13), ele disse que há uma conspiração internacional para dominar o povo americano. Dessa conspiração, segundo ele, participam a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, e a imprensa.
"Esta eleição vai determinar se somos uma nação livre ou se temos apenas a ilusão de democracia. [Parece que] estamos sendo controlados por um pequeno grupo de interesses globais que conduzem nosso sistema", disse Trump. "E o nosso sistema está sendo manipulado. Essa é que é a realidade", acrescentou.
Ele disse também disse que Hillary e a imprensa estão envolvidas em um esforço "coordenado" para encontrar mulheres e publicar histórias para desacreditar sua candidatura e fazer com que o povo americano se esqueça da corrupção existente na campanha de sua adversária Hillary Clinton.
"Essas pessoas são horríveis, elas são horríveis, mentirosas e, curiosamente, os fatos estão acontecendo a 26 dias [contados a partir de quinta-feira] da nossa eleição muito importante, não é incrível?" ironizou Trump. As eleições presidenciais estão marcadas para a segunda terça-feira (8) de novembro.
Pelo menos quatro mulheres acusaram Trump, em diferentes jornais, de terem sido assediadas em situações ocorridas entre 11 e 30 anos atrás.
Teorias
Essa não é a primeira vez que Donald Trump faz alusões a teorias de conspiração. Ao longo da campanha presidencial, ele já afirmou, sem mostrar evidências, que as estatísticas sobre desemprego do governo Obama são manipuladas; já disse que o Banco Central americano (Federal Reserve) – órgão livre de influência do governo – atua sob orientação da Casa Branca; e que Hillary Clinton subornou o procurador-geral dos Estados Unidos, com um emprego no governo, para evitar que os seus e-mails fossem investigados.