Presidente iraniano pede maior cooperação da Opep para estabilizar mercado

"É necessário que os membros da Opep continuem cooperando para

Publicado em 09/12/2016 - 08:46 Por Da Agência Xinhua - Teerã

O presidente iraniano, Hassan Rouhani, pediu nessa quinta-feira (8) a cooperação entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para estabilizar o mercado de petróleo bruto, informou a estatal IRIB TV.

"É necessário que os membros da Opep continuem cooperando para estabilizar o mercado e elevar os preços," disse Rouhani em conversa telefônica ontem com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

"Como primeiro passo, os produtores de petróleo bruto devem fazer os maiores esforços nos próximos seis meses para implementar o acordo na recente reunião da Opep," disse ele, acrescentando que a continuidade dos contatos entre os 12 Estados-Membros da Opep era uma obrigação.

Rouhani destacou a importância do apoio para o aumento dos preços do petróleo bruto, descrevendo como fundamental o papel dos países não membros da organização no sucesso do recente acordo.

"A estreita cooperação entre a Opep e os produtores de petróleo não membros da organização é vital para a estabilidade do mercado e o aumento dos preços", disse.

O presidente iraniano também chamou a recente decisão da Opep de cortar a produção de petróleo como um "sucesso" para o cartel e para o mercado global, afirmando que o impacto desse acordo será sentido nos próximos meses.

A Opep decidiu, no dia 30 de novembro, cortar a produção de petróleo em 1,2 milhão de barris por dia, estabelecendo o teto da produção em 32,5 milhões de barris diários.

O corte, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2017, é a primeira redução de óleo do cartel do petróleo desde 2008.

Conforme o acordo, o Irã manterá sua produção em 3,8 milhões de barris por dia, o mesmo que o nível da pré-sanção do país em 2008.

A redução está sendo coordenada pela Rússia, que não integra a Opep e que prometeu cortar a produção em 300 mil barris diários.

A Opep deverá estabelecer um comitê ministerial para monitorar a implementação do acordo de corte da produção.

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