Mais de 40 são detidos por incêndios no Chile

A polícia chilena prendeu 43 pessoas "por sua responsabilidade

Publicado em 30/01/2017 - 08:08 Por Da Agência France Presse - Paris

Mais de 40 pessoas foram detidas até esse domingo (29) como suspeitas de terem provocado os piores incêndios florestais da história do Chile, que começaram a ceder depois de terem arrasado milhares de hectares. A informação é da Agência France Presse (AFP).

A polícia chilena prendeu 43 pessoas "por sua responsabilidade eventual em incêndios florestais", que afetam sete regiões do Centro e do Sul do Chile na maior catástrofe florestal da história do país, informou a presidente Michelle Bachelet ao fazer um balanço da tragédia.

A maioria dos suspeitos foi detida nas regiões de O'Higgins e Biobío (Sul) e Maule (Norte), as mais afetadas pelo fogo, A Justiça local apresentou acusações contra eles. As penas por provocar incêndios chegam a 20 anos de prisão.

"Estamos certos de que houve intencionalidade em alguns dos focos; vamos seguir as responsabilidades até o final", afirmou Bachelet.

Embora 90% dos incêndios no Chile sejam causados pelo homem, na atual situação as chamas também foram avivadas por fortes ventos, altas temperaturas e uma seca que castiga as zonas afetadas há oito anos.

Em nível nacional ainda há 118 incêndios ativos, dos quais 59 são combatidos, 51 foram controlados e oito extintos.

Os incêndios deixaram cerca de 3 mil desabrigados, dezenas de povoados arrasados e mais de mil residências destruídas, segundo informações da Corporação Nacional Florestal (Conaf).

O número de hectares afetados diminuiu de 396 mil para 351 mil, o que, segundo as autoridades, indica uma diminuição do avanço do fogo.

"Temos uma situação que tem melhorado devido às ações de combate", declarou Aaron Cavieres, diretor da Conaf.

Quinhentos e vinte mil hectares foram destruídos durante a temporada 2016-2017, iniciada em julho passado, 4.776% a mais que no período compreendido entre 2015 e 2016.

Mais de 11 mil bombeiros voluntários, brigadistas (bombeiros florestais), militares, policiais, funcionários públicos e vizinhos combatem as chamas nas zonas atingidas.

Mais de 500 brigadistas estrangeiros também colaboram. Eles integram o foi definido pelo governo como a maior operação de emergência da história do país.

Nesse domingo chegaram 80 brigadistas venezuelanos e outros da Argentina e do Panamá. O Brasil e os Estados Unidos enviaram aviões-tanque para jogar água sobre as chamas.

Edição: Graça Adjuto

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