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Internacional

Netanyahu é interrogado pela polícia israelense sobre "presentes ilegais"

A legislação do país prevê que qualquer membro do governo contra o
Da Agência France Press (AFP)
Publicado em 03/01/2017 - 06:56
Paris
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
© Abir Sultan/Agência Lusa
Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu -Abir Sultan/Agência Lusa

A polícia israelense interrogou nessa segunda-feira (2), durante três horas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, suspeito de receber "presentes ilegais", informou um porta-voz policial ao fim do depoimento. A informação é da Agência France Press (AFP).

"Não podemos dar qualquer detalhe neste momento", disse o policial ao fim do interrogatório, feito na residência de Netanyahu.

O Ministério da Justiça confirmou que o primeiro-ministro foi interrogado pela unidade "Lahav 443" da polícia de combate à corrupção. Netanyahu é "suspeito de ter recebido presentes de empresários", segundo o ministério, que confirma pela primeira vez as informações da imprensa nesse sentido.

De acordo com o Ministério da Justiça, informações de que o primeiro-ministro ganhou passagens para viajar ao exterior "de maneira sistemática" por parte de pessoas com dinheiro, que também lhe deram presentes, não provocaram "uma suspeita razoável de crime que justifique a abertura de investigação judicial".

Em sua página no Facebook, Netanyahu negou todos os fatos e acusou seus opositores políticos e alguns meios de comunicação de querer "fazê-lo cair não em eleições, como prevê a democracia", mas com uma campanha contra ele.

A legislação israelense prevê que qualquer membro do governo contra o qual pese uma acusação de corrupção deve renunciar.

De acordo com a imprensa, empresários israelenses e estrangeiros teriam oferecido a Netanyahu presentes de valor estimado em milhares de dólares. Se os fatos se confirmarem, o primeiro-ministro pode ser acusado de "abuso de confiança".

A imprensa também fala de um segundo caso que pode abrir caminho a acusações mais graves de corrupção, mas não divulgou detalhes.