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Internacional

Entidades ambientais criticam decisão de Trump sobre acordo climático

Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/06/2017 - 22:08
Brasília

Entidades de proteção ambiental se manifestaram contrárias à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país do Acordo de Paris. O tratado firmado em 2015, que define os compromissos globais na luta contra os danos causados pelas mudanças climáticas, foi assinado por 195 países e ratificado por 147, responsáveis por 80% das emissões de gases causadores do efeito estufa.

O WWF divulgou nota defendendo o tratado. Para o diretor-geral do WWF-Brasil, Maurício Voivodic, o acordo continua forte, mesmo com a saída dos Estados Unidos. "As manifestações em todo o mundo e as tendências da economia mundial mostram que o Acordo de Paris continuará firme e forte, independentemente da decisão de Trump. O movimento de descarbonização mundial já está em andamento e é irreversível”.

Já o presidente e diretor-executivo do WWF-Estados Unidos, Carter Roberts, lembrou que várias empresas do país, como Walmart, Pacific Gas & Electric, Google e Apple, aderiram ao acordo e pediu para que o presidente reconsidere sua decisão. “Nós pedimos que a administração Trump reconsidere e fique com as empresas americanas, prefeitos e governadores que apoiam o Acordo de Paris. Assim, priorizará os postos de trabalho e estabilidade a longo prazo que a América precisa”.

Já o Greenpeace afirmou, em nota, que a decisão de Trump custará a liderança global dos Estados Unidos. “Trump está entregando a liderança global dos Estados Unidos para os verdadeiros líderes mundiais que estão aproveitando a oportunidade de proteger seus países e o clima […]. Estamos testemunhando uma mudança na ordem global já que Europa, China e outros lideram o caminho adiante”, disse a diretora-executiva internacional da entidade, Jennifer Morgan.

A decisão de Trump foi anunciada hoje (1º) em transmissão ao vivo pela TV. Os termos e as condições da retirada deverão ser conhecidos progressivamente. Concretamente, o anúncio do presidente norte-americano vai de encontro à decisão de líderes mundiais expressa recentemente na reunião de cúpula do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo), que foi no sentido de apoiar o acordo climático.