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Internacional

Caracas tem paralisação parcial em greve convocada pela oposição

Da EFE
Publicado em 26/07/2017 - 15:16
Caracas
Opositores ao governo de Nicolás Maduro começou hoje uma greve geral de 48 horas no país. Os manifestantes bloquearam várias ruas e avenidas da capital, Caracas, e de outras cidades
© Miguel Gutierrez/EPA/Agência Lusa/direitos reservados
Opositores ao governo de Nicolás Maduro começou hoje uma greve geral de 48 horas no país. Os manifestantes bloquearam várias ruas e avenidas da capital, Caracas, e de outras cidades

Caracas – Opositores ao governo de Nicolás Maduro começaram hoje uma greve geral de 48 horas no país. Os manifestantes bloquearam várias ruas e avenidas da capital, Caracas, e de outras cidadesMiguel Gutierrez/EPA/Agência Lusa/direitos reservados

Caracas, a capital da Venezuela, amanheceu nesta quarta-feira (26) parcialmente paralisada e com ruas interditadas em várias regiões, especialmente nos principais redutos antichavistas no leste da cidade, enquanto que na zona oeste a rotina dos moradores transcorre com relativa normalidade. As informações são da agência de notícias EFE.

Desde as 7h locais (8h de Brasília), barricadas e bloqueios nas ruas e estradas impedem o trânsito principalmente nos municípios de El Hatillo, Chacao e Sucre, todos governados pela oposição, e a locomoção ficou limitada a motociclistas e pedestres.

O metrô de Caracas funciona com normalidade, exceto nas estações que passam pelo município de Chacao, e registra um fluxo pequeno de usuários.

Apenas alguns estabelecimentos comerciais e as instituições bancárias operam com normalidade.

Já na zona oeste da capital, uma área tradicionalmente chavista, a EFE constatou que o trânsito não foi bloqueado, exceto em algumas áreas de classe media, onde quase todos os estabelecimentos comerciais estavam fechados.

Nos bairros mais desfavorecidos, por outro lado, os vendedores ambulantes e boa parte dos estabelecimentos formais funcionavam com normalidade, mas o fluxo de pessoas nas ruas era menor que o habitual.

Assembleia Nacional Constituinte

A greve tem como objetivo pressionar o governo de Nicolás Maduro e impedir a eleição da Assembleia Nacional Constituinte prevista para o próximo domingo (30).

A Fedecamaras, a principal associação patronal da Venezuela, expressou apoio à greve geral e a reconhece como um "protesto popular de expressão democrática".

A greve de trabalhadores e empresários coincide com a penúltima jornada de campanha eleitoral do chavismo para a eleição da Assembleia Constituinte, e que mantém atos e mobilizações em todo o país.

O protesto de oposição se estenderá até a meia-noite de amanhã, e coincidirá também com o encerramento de campanha do chavismo para a constituinte.

No dia 30 de julho, os venezuelanos estão convocados às urnas para escolher os mais de 500 integrantes da Assembleia Nacional Constituinte, que redigirão uma nova Constituição com aval para reordenar o Estado sem que ninguém possa se opor.