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Internacional

ONU quer proteção para mulheres vítimas de violência sexual em Mossul

Da ONU News
Publicado em 13/07/2017 - 13:08
Mossul, Iraque
Pramila Patten, representante especial da ONU sobre Violência Sexual em Áreas de Conflito
© Foto: ONU/Rick Bajornas (arquivo)
Pramila Patten, representante especial da ONU sobre Violência Sexual em Áreas de Conflito

Pramila Patten, representante da ONU sobre Violência Sexual em Áreas de Conflito ONU/Rick Bajornas (arquivo)

Com a liberação da cidade de Mossul, pelo exército iraquiano, uma das maiores preocupações dos representantes da Nações Unidas no local passa a ser a proteção de sobreviventes que foram vítimas do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Especialmente no que se refere à reinserção das mulheres e meninas mantidas em cativeiro pelo grupo. A informação é da ONU News.

Em comunicado, a representante especial do secretário-geral da ONU sobre Violência Sexual em Áreas de Conflito,  Pramila Patten, afirmou que as mulheres têm que voltar para casa em segurança e com dignidade. Além disso, ela quer que as vítimas do EI sejam curadas e reintegradas. Em  particular aquelas que deram à luz após serem estupradas por terroristas.

Patten disse que os autores dos crimes têm de ser levados à justiça e prometeu o apoio da ONU a este processo. A vitória dos militares iraquianos sobre o EI ocorreu após vários meses de combates iniciados em outubro passado.

Situação crítica

Apesar da retomada da cidade, a situação ainda é crítica, e milhares de famílias estão deslocadas e carentes de alimentos para sobreviver. Num comunicado, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas informou já ter atendido a 1,8 milhão de pessoas desde o início da ofensiva militar.

Os nove meses de combates para a reconquista de Mossul causaram o deslocamento de 1 milhão de habitantes da cidade e de áreas adjacentes. A representante do PMA no Iraque, Sally Haydock, disse que a agência fez o melhor para apoiar os que chegavam aos acampamentos para deslocados. A preocupação da PMA agora é ajudar as pessoas que tiveram que fugir de cidades como Hawija, Tel Afar e oeste de Anbar, onde os combates continuam.