Pence diz que EUA não cruzarão os braços enquanto a Venezuela afunda
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, afirmou nesta terça-feira (15), em um discurso na Bolsa de Buenos Aires, que o seu país não pode ficar de braços cruzados enquanto a Venezuela afunda. Pence agradeceu ao presidente argentino, Mauricio Macri, pela liderança ao repudiar o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, mas pediu que todos os países da América Latina façam mais contra o governo chavista. A informação é da EFE.
Pence, que está em visita oficial à Argentina, também disse que os EUA continuarão atuando com todo rigor de seu poderio econômico e diplomático até que a democracia seja reinstaurada na Venezuela. Ele repetiu as declarações do presidente Donald Trump, de que o governo americano tem "muitas opções" sobre a Venezuela, mas disse estar convencido da possibilidade de uma "solução pacífica" se todos trabalharem "lado a lado".
Além disso, Pence também antecipou que os EUA continuarão impondo sanções aos dirigentes chavistas e parabenizou Macri pelas medidas adotadas pela Argentina para investigar os membros corruptos do governo de Maduro e pela suspensão da Venezuela do Mercosul.
Vizinho falido
Pence aproveitou o discurso para elogiar a "mensagem contundente" lançada por 17 países do continente, entre eles a Argentina e o Brasil, ao assinar a Declaração de Lima, que condena os rumos dados pelo governo de Maduro à Venezuela.
O vice-presidente americano disse que a Venezuela é um "Estado falido" e argumentou que um país nessa situação coloca em risco as fronteiras, prejudicando as economias dos vizinhos.
"Enquanto grande parte da América Latina percorreu o caminho para o crescimento econômico e a liberdade, na Venezuela vemos tragédia, a tragédia da tirania", disse Pence.
O companheiro de chapa de Trump disse que os EUA serão firmes sobre a questão venezuelana, já que uma "Venezuela estável e pacífica é o que mais combina com o continente".