Tufão Hato deixa pelo menos 12 mortos em passagem pela China
Hato, o tufão mais devastador desta temporada, deixou pelo menos 12 mortos, centenas de feridos e grande destruição no Sudeste da China, especialmente na cidade turística de Macau, uma das regiões mais atingidas, informou nessa quinta-feira (24) a imprensa local.
Ontem, o tufão atingiu as regiões costeiras do Sul da China, com fortes ventos e ondas que, apenas na Região Administrativa Especial de Macau, causaram a morte de oito pessoas.
Pelo menos 150 pessoas ficaram feridas nessa cidade, que ficou sem energia elétrica durante quase 24 horas.
Um porta-voz do Escritório de Informação do governo explicou que o fornecimento de eletricidade está sendo restabelecido gradualmente. No entanto, mais da metade da cidade ainda estava sem energia elétrica na manhã de hoje.
O presidente executivo da ex-colônia portuguesa, Fernando Chui Sai-on, disse que Hato foi a tempestade mais forte registrada em Macau nos últimos 53 anos.
Em Hong Kong, o observatório meteorológico emitiu alerta máximo no sistema de tempestades, o que não ocorria há cinco anos, e 121 pessoas ficaram feridas no total, segundo o governo local.
Uma das regiões mais atingidas foi o litoral leste da Ilha de Heng Fa Chuen, onde foram registradas ondas de até cinco metros de altura, que provocaram graves inundações.
Quanto à China continental, o tufão tocou a terra na cidade de Zhuhai, província de Cantão, onde ocorreram ventos de até 162 km/h e pelo menos duas pessoas morreram.
Na cidade de Zhongshan, uma mulher que se locomovia em uma moto morreu após ser atingida pela queda de uma árvore, e um homem perdeu a vida após o impacto de uma caminhonete que foi arrastada pelo vento.
Em Shenzhen, oito pessoas ficaram feridas - duas delas em estado grave - pela queda de objetos como vidros, telhas e andaimes. Os abrigos de emergência da cidade acolheram 11.142 pessoas.
A queda de árvores bloqueou um trecho da estrada do litoral oeste em Cantão, nessa quarta-feira de manhã, bloqueando a passagem dos veículos, que formaram uma fila quilométrica.
Em toda a província de Cantão, cerca de 27 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e cerca de 2 milhões de residências e estabelecimentos comerciais sofreram cortes no fornecimento de eletricidade devido aos danos na rede.
A passagem do tufão fez com que as autoridades se mobilizassem, determinando o fechamento de escolas e de muitos centros de trabalho no Sul da China, uma das regiões mais populosas e de maior peso industrial do país.