Trump nega ter chamado Haiti e países africanos de "buracos de merda"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (12) ter utilizado "uma linguagem dura" na sua conversa com senadores sobre a lei migratória, mas negou ter se referido a El Salvador, Haiti e a países africanos como "buracos de merda".
"A linguagem utilizada por mim na reunião do DACA foi dura, mas essa não foi a linguagem empregada. O que foi realmente duro foi a extravagante proposta feita, um grande passo atrás para o DACA", escreveu o presidente americano em sua conta do Twitter, ao comentar o Programa de Ação Diferida (DACA), que protege jovens imigrantes chegados aos EUA quando crianças.
Segundo informou quinta-feira (11) o jornal The Washington Post, Trump classificou El Salvador, Haiti e vários países africanos como "buracos de merda", e sugeriu que preferiria receber nos Estados Unidos mais imigrantes da Noruega, o que provocou uma nova onda de indignação e acusações de racismo.
Em outra mensagem no Twitter, Trump reforçou que quer "um sistema migratório baseado no mérito e gente que ajudará a levar nosso país ao próximo nível".
"Quero segurança para nossa gente. Quero deter a entrada em massa de drogas", acrescentou Trump, reiterando assim a necessidade do muro fronteiriço com o México.
De acordo com o Post, que cita fontes presentes na reunião, Trump teria questionado os legisladores sobre "por que temos toda esta gente de países (que são um) buraco de merda vindo aqui?".
O presidente americano teria reagido assim quando dois senadores lhe apresentaram um projeto de lei que outorgaria vistos a alguns dos cidadãos de países que foram retirados recentemente do programa de Status de Proteção Temporária (TPS), como El Salvador, Haiti, Nicarágua e Sudão.
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