Onda de violência já provocou 448 mortes na Nicarágua, diz ONG
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A organização não governamental (ONG) Associação Nicaraguense Pro Direitos Humanos (ANPDH) informou nesta sexta-feira (27) que 448 pessoas morreram e 2.830 ficaram feridas na onda de violência que atinge o país. Entre os feridos, 72 tiveram lesões permanentes. Segundo a ONG, há, 595 desaparecidos, a maioria civis e com limitações econômicas. De acordo com a associação, é o período mais sangrento na Nicarágua desde 1980.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh), responsabilizou o governo de Daniel Ortega, pelos atos de violência.
Após dias analisando a situação, integrantes da comissão definiram os episódios da onda de violência na Nicarágua como "assassinatos, execuções extrajudiciais, maus-tratos, possíveis atos de tortura e detenções arbitrárias cometidos contra a população majoritariamente jovem".
Os protestos contra o presidente Daniel Ortega começaram em 18 de abril, quando manifestantes saíram às ruas contra mudanças na Previdência Social. As manifestações cresceram e ganharam novos contornos, inclusive com protestos contra a repressão, a violência e falta de liberdade de expressão.
Manifestantes denunciam ainda abusos e suspeitas de corrupção.
O Brasil e vários países se manifestaram criticamente em relação ao que ocorre na Nicarágua.
*Com informações da Andina, agência pública de notícias do Peru, e da EFE
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