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Internacional

Venezuela processa 25 pessoas por atentado a Maduro

Agência EFE
Publicado em 22/08/2018 - 15:41
Caracas
Agência EFE

O Ministério Público da Venezuela informou nesta quarta-feira (22) que o número de pessoas processadas pela tentativa fracassada de atentado com drones explosivos contra o presidente Nicolás Maduro, no último dia 4, subiu para 25, e para 43 a quantidade de envolvidos no incidente, que deixou sete feridos.

"O número total (...) é de 25 pessoas processadas até agora", disse o procurador designado pela Assembleia Nacional Constituinte, Tareq Saab, em uma entrevista coletiva que apresentou um balanço das investigações.

O caso resultou na prisão do deputado opositor Juan Requesens e em um pedido de extradição do legislador Julio Borges, que se encontra na Colômbia.

Saab detalhou que no domingo (19) foram apresentados à Justiça venezuelana Alfredo Guerrero, Iván Arcay, Elisa Martínez, Maydelen Da Silva, Cono Sapiensa García, Luceidy Mina, Héctor Hernández, e que hoje estão sendo apresentados Jonathan Medina, Eugenio Escalona Jiménez, Carmen Valera, Andrea Rivas Anzola.

O procurador acrescentou que foram emitidas 18 ordens de captura para pessoas cujo envolvimento no atentado "ficou demonstrado", todas com notificação de alerta vermelho à Interpol, pois, segundo ele, vários dos acusados estão na Colômbia, nos Estados Unidos e no Peru.

Além disso, Saab reiterou que as autoridades venezuelanas solicitaram a extradição de de nove pessoas – entre elas Borges – aos países mencionados e que espera que os mesmos colaborem.

"Ficou efetivamente comprovado quem foram os autores materiais do ataque, onde atuaram, onde se alojaram, quem lhe ofereceu apoio logístico" e financeiro, e "o Ministério Público tem todas essas evidências, que foram entregues aos tribunais", anunciou o procurador.

No dia 4 de agosto, Maduro interrompeu um ato com a Guarda Nacional Bolivariana (GNB) depois que vários drones com cargas explosivas foram detonados nas proximidades do palanque presidencial, segundo explicou o governo, que denunciou o incidente como um atentado.

Três dias depois, o deputado Requesens foi detido. Além disso, sua imunidade parlamentar foi retirada através de um procedimento da Assembleia Nacional Constituinte – um órgão cuja legitimidade é questionada e que assumiu as funções legislativas do parlamento – e o mesmo foi feito com Borges.