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Internacional

Nome de indicado para Suprema Corte dos EUA passa por comissão

Indicação de juiz suspeito de assédio vai agora ao plenário do Senado
Agência Brasil*
Publicado em 28/09/2018 - 18:19
Brasília
O juiz Brett Kavanaugh, indicado para a Suprema Corte dos EUA, presta depoimento perante o Comitê de Justiça do Senado sobre denúncia de abuso e assédio sexual.
© Win McNamee/Pool via REUTERS

Indicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Suprema Corte do país, o juiz Brett Kavanaugh teve o nome aprovado hoje (28) pelo Comitê de Justiça do Senado. A aprovação é um passo muito importante para ter sua nomeação confirmada, apesar das três denúncias de assédio e abuso sexual.

O juiz Brett Kavanaugh, indicado para a Suprema Corte dos EUA, presta depoimento perante o Comitê de Justiça do Senado sobre denúncia de abuso e assédio sexual.
O juiz Brett Kavanaugh, indicado para a Suprema Corte dos EUA, presta depoimento perante o Comitê de Justiça do Senado - Win McNamee/Pool via REUTERS

Composto em sua maioria por membros do Partido Republicano, o mesmo de Trump, o comitê deu aval à indicação por um placar de 11 votos a favor e 10 contra. Com o cumprimento deste trâmite, a indicação de Kavanaugh seguirá agora para votação no plenário do Senado.

Ontem, uma das três mulheres que acusam Kavanaugh de abuso sexual, a professora de psicologia Christine Blasey-Ford, prestou depoimento no próprio Senado e confirmou ter sido atacada por ele há 36 anos, quando ela tinha 15 anos, e o agora magistrado, 17.

Na sessão de hoje, parlamentares do Partido Democrata acusaram os correligionários de Trump de ignorarem a suposta vítima e insistiram sobre a necessidade de o FBI investigar as denúncias. A líder da legenda no comitê, Dianne Feinstein, também criticou a postura desafiadora de Kavanaugh em seu pronunciamento de ontem no Senado.

“Nunca vi um nomeado para qualquer posição se comportar dessa maneira. O juiz Kavanaugh usou uma retórica tão politizada como meus companheiros republicanos. E, mais importante, partiu para a ofensiva”, enfatizou.

*Com informações da EFE