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Internacional

Bolívia registra mais 3 mortes em jornada violenta

As cidades de La Paz e El Alto estão sofrendo desabastecimento
Marieta Cazarré - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 20/11/2019 - 11:43
Correspondente em Montevidéu
Eleições presidenciais na Bolívia
© Reuters/Ueslei Marcelino//Direitos Reservados
Protesto durante as eleições na Bolívia
© REUTERS/David Mercado/Direitos Reservados

Três mortes e 25 pessoas feridas. Este foi o resultado de mais uma jornada de conflitos entre manifestantes e policiais na cidade de El Alto, na Bolívia, ontem (19). Nesta cidade, um grupo de manifestantes explodiu, com dinamites, muros da planta da YPFB, empresa pública de petróleo. Carros também foram incendiados. O governo afirma que nenhum disparo foi feito pelas Forças Armadas.

As cidades de La Paz e El Alto estão sofrendo desabastecimento de combustíveis e alimentos devido aos bloqueios das estradas. O governo está enviando carnes, verduras e ovos em aviões de carga, para suprir as necessidades básicas das populações dessas cidades. 

Depois dos incidentes, o ministro da Defesa, Fernando López, lamentou que uma operação pacífica, planejada para a transferir combustível e gás da fábrica da região de Senkata, na cidade de El Alto, para La Paz, tenha terminado com um saldo tão negativo.

"Lamentavelmente registramos 25 feridos e três mortes. Até agora, não temos a autópsia, mas quero esclarecer que o Exército não disparou um único projétil, as Forças Armadas continuam com a premissa de diálogo permanente", afirmou López. 

Oficialmente, o governo da Bolívia já registrou 26 mortes desde o início dos protestos, após a realização das eleições no dia 20 de outubro. 

O ministro da Defesa afirmou ainda que os eventos violentos de ontem foram gerados por pessoas que "estão sendo pagas para  causar terror, pânico e destruição de propriedades estatais". López disse ainda que esses grupos, que não têm propostas, "querem semear o terror" enquanto o governo está determinado a abrir o diálogo com todos os setores para alcançar a paz no país.