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Internacional

Israel tem novo recorde de covid-19, com quase 9 mil casos em 24 horas

Confinamento nacional está em vigor há duas semanas
RTP
Publicado em 01/10/2020 - 07:37
JERUSALÉM
Muslims celebrate the Eid al-Fitr holiday on the beach as authorities ease coronavirus disease (COVID-19) restrictions, in Ashkelon, southern Israel
© REUTERS / Amir Cohen / Direitos reservados
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Israel registrou hoje (1º) um novo recorde de infeções diárias de covid-19, com quase 9 mil casos, apesar do confinamento nacional que está em vigor há quase duas semanas, anunciou o Ministério da Saúde do país.

Nas últimas 24 horas foram notificados 8.919 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, na sequência da realização de 68 mil exames.

A taxa de doentes com covid-19 é muito alta para um país de 9 milhões de habitantes, já que 13,6% dos resultados dão positivo, número que quase duplica entre a população ultraortodoxa.

O número total de infeções no país atinge agora quase 250 mil pessoas, das quais 810 estão internadas em estado grave, o que ultrapassa a barreira de 800 doentes graves que o Ministério da Saúde tinha marcado como linha vermelha para a sustentabilidade do sistema de saúde.

A pandemia já causou em Israel 1.571 mortes, um terço delas no último mês.

O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, determinou que os hospitais se preparem para uma capacidade seis vezes superior à normal, ou seja, para atendimento a 5 mil casos diários.

O gabinete dedicado à crise do novo coronavírus decidiu, nessa quarta-feira (30), prolongar o confinamento no país até 14 de outubro, e Netanyahu alertou que algumas das restrições podem durar meses ou "até um ano".

Segundo o primeiro-ministro, Israel quer evitar o erro cometido na primeira onda de covid-19, quando suspendeu as restrições muito rápido, o que levou a uma segunda crise, mais forte do que a inicial.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1 milhão de mortes e mais de 33,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus, detectado no fim de dezembro em Wuhan, cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o Continente Americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.