China: apoio dos EUA para que Taiwan participe da ONU é "ameaça à paz"
![Reuters/Carlos Barria/Direitos Reservados FILE PHOTO: New U.S. Secretary of State Antony Blinken holds first press briefing at the State Department in Washington](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![RTP - Rádio e Televisão de Portugal](https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/styles/269x0/public/logo_parceiros/logo_rtp.jpg?itok=HEH6qO8e)
A China disse hoje (27) que o apelo dos Estados Unidos (EUA) à comunidade internacional para que apoie uma participação "robusta e significativa" de Taiwan nos trabalhos da Organização das Nações Unidas (ONU) representa a maior ameaça à paz e à estabilidade na região.
"A China opõe-se firmemente aos últimos comentários feitos sobre a questão pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e apresentou uma reclamação formal a esse respeito", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros Zhao Lijian, em entrevista coletiva.
Blinken encorajou todos os Estados-membros das Nações Unidas a unirem-se a Washington, "para apoiar uma coordenação forte e significativa de Taiwan em todo o sistema da ONU e na comunidade internacional".
O secretário de Estado argumentou que Taiwan é uma "história de sucesso democrático" e um "parceiro valioso" e "amigo de confiança" dos Estados Unidos.
As declarações foram dadas logo após o 50º aniversário da incorporação da República Popular da China nas Nações Unidas, o que implicou a saída de Taiwan.
China e Taiwan vivem como territórios autônomos desde 1949, época em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
O nome oficial de Taiwan é República da China.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação por meio da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
"O apoio dos Estados Unidos aos separatistas de Taiwan, na procura por espaço internacional no seu caminho para a independência, é a maior ameaça à paz e à estabilidade no Estreito de Taiwan", afirmou a Embaixada da China nos Estados Unidos, em comunicado.
A representação diplomática acrescentou que os "EUA não podem desafiar e distorcer o princípio de uma só China`", segundo o qual Washington reconhece Pequim como o único governo legítimo de toda a China, com o entendimento de que Taiwan teria um futuro pacífico.
Os Estados Unidos mantêm, no entanto, laços não oficiais com Taiwan e são o seu principal fornecedor de armamento.
A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, agradeceu a Blinken pelas palavras no Twitter, nessa terça-feira (26), e garantiu que a ilha continuará a "trabalhar com os seus parceiros para superar as dificuldades enfrentadas pela comunidade internacional".
A tensão entre os EUA e a China em torno da ilha aumentou nas últimas semanas, como resultado das últimas incursões aéreas chinesas perto de Taiwan e relatos de que Washington destacou pequeno contingente de militares em Taiwan para treinar o Exército local.
![U.S. President Joe Biden delivers remarks about Afghanistan, in Washington](https://imagens.ebc.com.br/fTidyi8ELJhjXQYRDLS3y6iTn54=/390x240/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2021-08-26t213859z_941430853_rc29dp99wffw_rtrmadp_3_afghanistan-conflict-usa-biden.jpg?itok=Yp4TaWnf)
![Reuters/Mike Segar/Proibida reprodução U.S. President Donald Trump signs executive orders as U.S. Vice President J.D. Vance looks on during a rally on the inauguration day of his second Presidential term, inside Capital One, in Washington, U.S. January 20, 2025. Reuters/Mike Segar/Proibida reprodução](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Mojpe/Pixabay Brasília (DF) 16/01/2025 - Uma mulher assoando o nariz.
Foto: Mojpe/Pixabay](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)