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EBC sedia encontro global sobre televisão digital interativa

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/12/2015 - 17:30
Brasília
Brasília - Superintendente Executivo de Relacionamento da EBC, André Barbosa, fala durante a Cúpula do Conselho da Global ITV (Elza Fiuza/Agência Brasil)
© Elza Fiúza/Agência Brasil
Brasília - Superintendente Executivo de Relacionamento da EBC, André Barbosa, fala durante a Cúpula do Conselho da Global ITV (Elza Fiuza/Agência Brasil)

"A televisão como conhecemos hoje precisa mudar", disse o superintendente executivo de Relacionamento da EBC, André Barbosa, durante o encontroElza Fiúza/Agência Brasil

Especialistas do Brasil e da Europa reuniram-se hoje (10), em Brasília, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para discutir tendências em TV digital interativa e tecnologias associadas na Cúpula do Conselho da Global ITV.

O Projeto Global ITV é uma proposta que reúne universidades e instituições que buscam soluções para a convergência da televisão com a internet. O foco é a interatividade e a interoperabilidade, ou seja, a capacidade de comunicação entre sistemas do Brasil e da União Europeia para televisões digitais.

O superintendente executivo de relacionamento da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), André Barbosa, disse que o projeto discute a convergência entre os processos de televisão e de internet que vão oferecer aos usuários a oportunidade de novas alternativas e serviços multimídia.

“A televisão como conhecemos hoje precisa mudar, essa TV que não tem a capacidade de bidirecionalidade, ou seja, que você fala e ouve ao mesmo tempo como o telefone, ou como a internet que você escreve e recebe a informação ao mesmo tempo. A televisão só manda e não recebe, então, hoje não há mais possibilidade de sobrevivência de uma tecnologia como essa. As pessoas estão procurando ter respostas imediadas, em tempo real, com todos os aparatos que a internet pode fornecer”, disse Barbosa.

Na reunião, Barbosa apresentou o projeto Brasil 4D, iniciativa da EBC, que reúne, com a utilização da tecnologia Ginga, as principais diretrizes de políticas públicas de governos para as esferas federal, estaduais e municipais, convertendo-as em conteúdos audiovisuais e aplicativos que permitem o acesso do cidadão. O foco são famílias de baixa renda que têm acesso, pelo controle remoto, a listas de vagas de emprego, saldo e extrato de contas correntes no Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, por exemplo. O Brasil 4D funciona com um conversor tipo C, adaptado ao software Ginga.

"Isso já é a porta aberta para, no futuro, quando a banda larga chegar para todos, eles já estarem alfabetizados digitalmente, saberem usar os aparatos e a televisão se manter numa nova característica de modernidade junto com a internet."

O objetivo final do Projeto Global ITV é estabelecer as bases para uma plataforma de TV interoperável que possa abranger os serviços de radiodifusão e de banda larga integrados. O representante da Opera Softwares, empresa que tem escritórios em diversos países, Marcelo Natali, explicou que brasileiros e europeus trocam experiências tecnológicas que vão determinar qual caminho o Brasil vai tomar em relação ao futuro da interatividade da TV brasileira. “Além de verificar a programação, você vai conseguir navegar por alguns programas, assistir a programação online, então, se você perdeu algo na TV, vai conseguir assistir em um outro horário”, disse.

O Global ITV é formado por dezoito universidades, empresas, organizações e institutos de pesquisa com experiência em televisão interativa do Brasil e da União Europeia.