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Começam inscrições para Prêmio Jovem Cientista

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/01/2018 - 19:39
Rio de Janeiro
Os jovens se interessam mais pela ciência
© Agencia Brasil/Tânia Rêgo

Os jovens se interessam mais pela ciência

O prêmio visa fazer com que os jovens se interessem mais pela pesquisa e pela ciênciaAgencia Brasil/Tânia Rêgo/Arquivo

Começam hoje (29) as inscrições para a 29a edição do Prêmio Jovem Cientista, aberto a estudantes do ensino médio e superior e a mestres e doutores que contribuam para trazer soluções inovadoras aos desafios do Brasil. O tema deste ano é “Inovações para a conservação da natureza e transformação social”. O prêmio é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)/Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; Fundação Roberto Marinho; Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e Banco do Brasil.

O Prêmio Jovem Cientista visa incentivar a pesquisa científica no país e foi instituído em 1981.O presidente substituto do CNPq, Marcelo Morales, destacou a importância da retomada da parceria com as instituições para tornar factível a realização dessa nova edição da iniciativa, após dois anos fora de circulação. “A parceria é muito importante. Para premiar, precisávamos dessas parcerias”, disse ele à Agência Brasil.

Além das três categorias contempladas (ensino médio, superior e mestres e doutores), o Prêmio Jovem Cientista destacará o Mérito Científico, que vai premiar a trajetória de um pesquisador brasileiro na área tema dessa edição; e o Mérito Institucional, para as instituições do ensino médio e superior com o maior número de trabalhos qualificados.

A partir de fevereiro, o CNPq vai disponibilizar em sua página na internet aulas voltadas para o tema deste ano. Os resultados do Prêmio Jovem Cientista serão divulgados em novembro, com a entrega do prêmio programada para dezembro, no Palácio do Planalto, em solenidade que contará com a presença do presidente da República.

Soluções para o dia a dia

O coordenador do prêmio na Fundação Roberto Marinho, André Luiz Pinto, salientou a limitação de idade para os concorrentes. Para alunos do ensino médio, o limite estabelecido é de até 25 anos; para estudantes do ensino superior, até 30 anos; e para mestres e doutores até 40 anos de idade.

Os participantes são estimulados a apresentar trabalhos que tenham relação com desafios do dia a dia das comunidades, embora haja espaço para trabalhos mais teóricos, afirmou Pinto à Agência Brasil. As inscrições serão encerradas no dia 31 de julho, junto com a entrega dos trabalhos. “Você faz a inscrição e envia o trabalho ao mesmo tempo”, esclareceu o coordenador. Segundo ele, o maior registro de inscrições costuma ocorrer nos últimos dias.

Em suas 28 edições anteriores, o Prêmio Jovem Cientista teve mais de 20 mil projetos inscritos e 194 premiados. André Luiz Pinto destacou que nove entre dez vencedores da iniciativa “consideram que o prêmio mudou as suas vidas e que a pesquisa deles impactou a ciência de alguma forma e a comunidade em que vivem”.

Prêmios em dinheiro

O presidente substituto do CNPq, Marcelo Morales, informou que na categoria mestre e doutor, os três primeiros colocados serão agraciados com prêmios em dinheiro no valor de R$ 35 mil, R$ 25 mil e R$ 18 mil, respectivamente; na categoria de alunos do ensino superior, os prêmios serão de R$ 18 mil, R$ 15 mil e R$ 12 mil; na categoria ensino médio, os três primeiros lugares ganharão 'laptops'; e nas categorias mérito científico e institucional, serão concedidos prêmios de R$ 40 mil cada.

“O CNPq também vai incentivar o prêmio concedendo bolsas de estudo para estudantes do ensino superior e médio”. Os professores dos estudantes também ganham computadores.

O coordenador Pinto disse que a média de inscrições ao Prêmio Jovem Cientista tem sido entre 2 mil a 3 mil trabalhos por ano. E Marcelo Morales acredita que este ano, “com certeza será superado o número de inscritos, porque o Brasil evoluiu. O número de pesquisadores hoje é muito superior ao de dez anos atrás. Nós fizemos um trabalho importante, dentro do governo federal, dos governos estaduais, para desenvolver a pesquisa científica no país. Nós conseguimos fazer com que o Brasil tivesse uma pesquisa de base importante para solucionar os problemas do país”, argumentou.

Ele citou como exemplos a busca de soluções para combate ao vírus Zika, que aconteceu “muito rapidamente. E, agora, estamos resolvendo o problema da febre amarela também, com 'expertise' dos pesquisadores e médicos do Brasil”.