Marina diz que política ambiental do governo aumentou desmatamento

Publicado em 11/09/2014 - 19:48 Por Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse hoje (11) que a política ambiental do atual governo provocou aumento do desmatamento no país, principalmente na Amazônia. Segundo Marina, que foi ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008, a questão do desmatamento estava envolta em uma cortina de fumaça, da mesma forma que o governo estaria fazendo em relação às suas posições referentes ao pré-sal.

"Nós temos também uma cortina de fumaça na Amazônia. A presidenta Dilma [Rousseff] pegou o desmatamento na Amazônia em queda e vai entregar para o futuro governo em alta. O desmatamento começou a cair a partir de 2005. Em 2007, chegou a 27 mil quilômetros quadrados, porque havia uma curva ascendente que vinha da época do presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi feito um plano de combate ao desmatamento, envolvendo 13 ministérios, na época de minha gestão, fazendo com que o desmatamento caísse, até 2008, cerca de 57%, e continuou caindo", lembrou a candidata.

Para ela, o desmatamento voltou a aumentar por falta de empenho do atual governo, inclusive contra o combate à grilagem de terras.

"O problema é que, por incompetência, ineficiência e falta de compromisso com a proteção da Amazônia, o desmatamento voltou a subir. A presidenta Dilma não cumpriu com os pré-requisitos do plano, que previa combate às práticas ilegais, ordenamento territorial e fundiário e apoio às atividades produtivas sustentáveis. Novamente, voltou a grilagem de terras públicas. Foi isso que fez com que o desmatamento voltasse a crescer."

As declarações de Marina foram dadas durante entrevista coletiva, na sede do Clube de Engenharia, no centro do Rio, onde depois participou de um debate sobre o pré-sal. A candidata fez questão de afirmar que manterá os investimentos no pré-sal e disse que vai aplicar os recursos em saúde e educação. Ainda sobre energia, Marina prometeu manter o que já está definido no campo da energia nuclear, com o término da Usina Angra 3, mas disse que não vai ampliar os investimentos no setor.

Edição: Nádia Franco

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