Renan critica PGR e pede a Zavascki acesso a pedido de inquéritos da Lava Jato

Os pedidos foram enviados terça-feira (3) pelo procurador-geral da

Publicado em 06/03/2015 - 11:52 Por Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Advogado Geral do Senado Federal, Alberto Cascais, protocola pedido de vista para que Renan Calheiros tenha acesso ao processo da Lava Jato (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O  advogado  Alberto  Cascais  protocola  pedido  que  Renan  tenha  acesso a processoAntonio Cruz/Agência Brasil

Brasilia - O presidente do senado Renan Calheiros fala a imprensa

Renan  quer  acesso  a  processos antes da efetiva

instauração do inquérito  Arquivo/Agência Brasil

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), solicitou hoje (6), ao ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), acesso ao teor dos pedidos de abertura de inquérito relacionados à operação Lava Jato, enviados na última terça-feira (3), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, à Corte.

O senador pede também permissão para ter conhecimento do conteúdo das delações premiadas em que tenha sido citado antes da efetiva instauração do inquérito e prazo “razoável” para se manifestar sobre as eventuais acusações.

Em documento protocolado, há pouco, no STF pelo advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, Renan critica a atuação de Janot e sustenta que, sendo alvo de investigação do Ministério Público Federal, como tem sido noticiado na imprensa nos últimos dias, deveria ter tido oportunidade de se manifestar a respeito das acusações.

“Em se confirmando as informações replicadas pela mídia, o PGR [procurador-geral da República], saindo de sua praxe, não concedeu ao peticionário [Renan Calheiros] a mínima oportunidade de esclarecer previamente fatos ou insinuações que contra ele porventura tenham sido levantadas”, diz trecho do documento a que a Agência Brasil teve acesso.

De acordo com o advogado-geral do Senado, Janot descumpriu duas normas – do Conselho Nacional do Ministério Público e do Conselho Superior do Ministério Público Federal – ao negar oportunidades para que eventuais alvos do pedido de abertura de inquérito no STF apresentassem defesa.

“O presidente do Congresso Nacional depara, perplexo, dia após dia, [com] matérias jornalísticas envolvendo seu nome, sem que tenha tido, por parte dos titulares da persecução penal, a chance legítima de confrontar tais alegações. É dizer, a omissão do PGR subtrai do presidente do Poder Legislativo o legítimo direito de prestar informações e requerer diligências que pudessem esclarecer os fatos investigados”, diz trecho da petição.

Edição: Denise Griesinger

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