STF abre inquérito contra José Agripino; senador alega falta de provas

Publicado em 24/03/2015 - 19:37 Por Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 25/03/2015 - 14:58

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), será investigado por suspeita de corrupção passiva. A decisão foi tomada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, que autorizou a investigação sobre Agripino depois de pedido feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 

No pedido, Janot baseou-se no depoimento de um empresário, feito como parte de acordo de delação premiada, que afirmou ter pago propina ao senador. A autorização para investigação do parlamentar foi formalizada pela ministra no último dia 20.

No mês passado, o programa Fantástico, da TV Globo, apresentou uma reportagem na qual o empresário George Olimpo afirma, por meio de delação premiada, que pagou R$ 1 milhão ao senador em contratos de inspeção veicular no Rio Grande do Norte, estado de origem de José Agripino Maia.

Em nota, o senador disse desconhecer as razões que levaram a ministra Cármen Lúcia a autorizar a abertura de inquérito para investigar se ele cometeu crime de corrupção passiva. "Não tenho qualquer informação sobre as razões que estejam ensejando a reabertura deste assunto. A meu juízo, trata-se do reposicionamento de uma pessoa que, voluntária e anteriormente, foi ao cartório do 7º Ofício de Notas de Natal [RN] declarar o contrário do que se supõe estar dizendo agora”, alega Agripino, referindo-se a Olimpo.

Na nota, o senador alega que o assunto foi tratado em 2012 pela Procuradoria-Geral da República e que o processo foi arquivado em 31 de outubro daquele ano, pela inexistência de indícios que confirmassem a afirmação de que Agripino tenha recebido doação eleitoral ilícita do grupo investigado na Operação Sinal Fechado.

O senador disse que está à disposição da Justiça para prestar os esclarecimentos necessários sobre o assunto.

*Matéria alterada às 14h58 do dia 25/03/2015 para acréscimo de informações e às 22h10, do mesmo dia, para ajuste do título e do texto

Edição: Fábio Massalli

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