Reforma política: DEM defende voto distrital e financiamento mistos

Publicado em 16/04/2015 - 21:07 Por Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Representando o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), o líder do partido na Câmara, Mendonça Filho (PE), defendeu hoje (16) a implantação do sistema distrital misto na reforma política. Na opinião dele, parte das cadeiras da Câmara deve ser preenchida pelo sistema distrital, em que os eleitores votam nos deputados do distrito, e a outra parte, por parlamentares eleitos em lista fechada. A posição foi defendida pelo deputado na audiência pública da comissão especial que discute a reforma política.

Na questão do financiamento das campanhas eleitorais, o líder do DEM defendeu a adoção de um sistema de financiamento misto, em que parte seria bancada pelo dinheiro público e parte, pelo dinheiro da iniciativa privada. Para ele, o financiamento público exclusivo pode estimular a formação de caixa 2. De acordo com o líder, seu partido não tem ainda uma posição de consenso sobre a reforma política, embora sua opinião represente a maioria da legenda.

O líder do Democratas defendeu ainda a chamada cláusula de desempenho para os partidos, com um percentual mínimo de votos no país e nos estados, como exigência para o funcionamento das legendas no Parlamento. Mendonça Filho também posicionou-se contrário à unificação das eleições, com o argumento de que as discussões dos temas locais devem ser feita separadamente pela comunidade dos temas nacionais. “É bom que essa discussão fique separada”. O líder também defendeu a redução do prazo das campanhas eleitorais.

O deputado Mendonça Filho contou aos integrantes da comissão que analisam a reforma política que no seu primeiro mandato de deputado federal, há 20 anos, participou de uma comissão parecida com essa destinada a discutir e fazer uma reforma política que continua até hoje no papel. Por isso, fez uma avaliação pessimista sobre a votação da reforma. “A possibilidade [de o tema não avançar] é muito grande”, disse.

Edição: Fábio Massalli

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