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Economia

Advogados públicos protestam por melhores condições de trabalho

Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 28/05/2015 - 16:42
Brasília
Advogados públicos federais fazem um protesto em frente ao Ministério da Fazenda contra as precárias condições de trabalho e desvalorização da carreira (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil

Os advogados públicos federais, grupo que integra a carreira de advogado da União, procurador do Banco Central, procurador da Fazenda Nacional e procurador federal, participaram hoje (28) de manifestação em frente ao Ministério da Fazenda. Eles reivindicaram melhores condições de trabalho e valorização das carreiras. Segundo a União dos Advogados Públicos Federais do Brasil (Unafe), o movimento também ocorreu em outros estados.

Advogados públicos federais fazem um protesto em frente ao Ministério da Fazenda contra as precárias condições de trabalho e desvalorização da carreira (Valter Campanato/Agência Brasil)

Advogados públicos federais fazem um protesto em frente ao Ministério da Fazenda contra as precárias condições de trabalho e desvalorização da carreiraValter Campanato/Agência Brasil

A procuradora federal Thirzzia Guimarães, delegada da Unafe, afirma que a advocacia pública vive uma situação de “caos institucional”. “Temos unidades sofrendo ação de despejo. Para ir a uma audiência em outra cidade, falta gasolina. Nenhuma das quatro carreiras tem carreira de apoio, que possa ajudar nas atividades de suporte. A gente está vindo pedir um pouco mais de atenção, de interlocução, sob pena de prejuízo à defesa da União, das autarquias e fundações públicas”, disse.

Thirzzia Guimarães apresentou um documento datado de sexta-feira (22) em que chefes dos órgãos de direção superior da Advocacia-Geral da União (AGU) colocam os cargos à disposição como forma de protesto às condições precárias de trabalho.

Além de melhora das condições estruturais de trabalho, os advogados públicos pedem a aprovação das propostas de Emenda à Constituição (PEC) 443 e 82. A primeira vincula o subsídio das carreiras da AGU ao de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), garantindo valorização salarial. A segunda concede autonomia administrativa e financeira à AGU e às procuradorias dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

O protesto começou pouco depois das 14h, e terminou por volta das 17h. A Agência Brasil procurou as assessorias de comunicação da AGU e do Ministério da Fazenda, pasta à qual está vinculada a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). A assessoria da pasta respondeu que a PGFN não se manifestará sobre o protesto. A AGU não retornou o contato até a edição desta matéria.