Na Bélgica, Dilma diz que inflação é atípica e será derrubada
![Roberto Stuckert Filho/Presidência da República Presidenta Dilma Rousseff faz declaração a imprensa após retiro dos Chefes de Estado e de Governo da II Cúpula UE-CELAC (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)](/sites/default/files/atoms/image/962883-10062015-_r0v0858-editar-2.jpg)
Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (11) que a inflação oficial, que no acumulado de 12 meses chegou a 8,47% - a maior taxa desde dezembro de 2003, preocupa o governo, mas que é “atípica” e conjuntural, afetada pela seca e pelas variações cambiais que desvalorizaram o real. Segundo ela, a população não deve deixar de consumir por causa da alta dos preços.
“Não acho que a população tem que consumir menos, pelo contrário, a população deve continuar consumindo. A inflação deste ano é uma inflação atípica, ela é fruto de várias correções”, disse a presidenta, em entrevista em Bruxelas, antes de voltar ao Brasil após participar da 2º Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE).
“[Os números] Preocupam bastante, porque a inflação é um objetivo que temos de derrubar e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com uma taxa alta de inflação. Não pode e não vai”, acrescentou.
Dilma destacou a seca nas regiões Nordeste e Sudeste que, segundo ela, elevou o preço dos alimentos, e o ajuste cambial como causas do aumento da inflação nos últimos meses. “Esse ajuste cambial não fomos nós que provocamos, sofremos os efeitos dele”.
A presidenta voltou a defender o ajuste fiscal e disse que o governo está tomando as medidas “a fim de se fortalecer macroeconomicamente para construir uma situação estável”, o que deve ter impacto no controle da inflação.
Perguntada se o Brasil está vivendo um momento de austeridade fiscal, como a Grécia, Dilma respondeu que a situação do país é muito diferente, sem desequilíbrio ou dificuldades estruturais, mas que todas as economias ainda sofrem os efeitos da crise financeira internacional de 2008. Naquela época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a crise a uma “marola” que não atingiria com força o Brasil. Hoje, Dilma disse que a marola virou “onda”, em referência à expressão usada por Lula.
“Naquele momento foi marola sim, óbvio. É que depois a marola se acumula e vira uma onda. Agora, sabe por que ela vira onda: porque o mar não serenou, meu filho”, disse, citando as dificuldades de recuperação das economias dos Estados Unidos e da União Europeia. “São sete anos de crise nas costas”, calculou.
Após a entrevista, Dilma embarcou para o Brasil e vai desembarcar em Salvador, onde participará da abertura do 5º Congresso Nacional do PT.
![Reuters/Jaimi Joy/Proibida reprodução João Fonseca durante partida do Aberto da Austrália
14/01/2025 REUTERS/Jaimi Joy](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
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