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Política

PT vai recorrer para reverter sessão da CPI que aprovou 140 requerimentos

Carolina Gonçalves– Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/06/2015 - 14:29
Brasília

O deputado Leo de Brito (PT-AC) informou, há pouco, que o partido vai entrar com recurso para tentar reverter a última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando o colegiado aprovou, em bloco, 140 requerimentos de convocação, acareações e quebras de sigilo.

“O PT vai entrar com o recurso por conta da violação do regimento interno no tocante às votações em bloco”, explicou Brito, ao mostrar o documento durante a reunião do colegiado, que começou às 9h de hoje.

Nas três primeiras horas dos trabalhos da CPI, o PT tentou convencer outros parlamentares de que houve uma manobra irregular na última quinta-feira (11), quando a comissão aprovou os requerimentos, durante um intervalo da ordem do dia no plenário da Câmara dos Deputados, enquanto o PT tentava evitar a votação de alguns pedidos para discutir melhor as convocações.

De acordo com os petistas, um dos pontos de maior incômodo foi a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para explicar doações de R$ 3 milhões recebidas pela construtora Camargo Corrêa. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) chegou a classificar a aprovação desse requerimento de “manobra da pior espécie”. Segundo ela, há uma tentativa na CPI de “colocar pessoas decentes e honestas nesta mesa como se não o fossem”.

Depois das discussões, os parlamentares começaram a ouvir o ex-presidente da Sete Brasil João Carlos de Medeiros Ferraz, que, protegido por um habeas corpus, usou o direito de permanecer calado e não respondeu às perguntas de parlamentares.

Neste momento, a CPI ouve o presidente do Conselho Administrativo da Sete Brasil, Newton Carneiro da Cunha, que fez uma breve apresentação sobre sua trajetória profissional, contando que ingressou na Petrobras em 1975 e passou a integrar o fundo de pensão da estatal, Petrus, em 2003, assumindo cargos de diretoria em 2007.