Reajuste salarial de servidores do Judiciário é aprovado no Senado

Publicado em 30/06/2015 - 23:05 Por Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O plenário do Senado aprovou hoje (30) o projeto de lei da Câmara que estabelece reajuste escalonado, em média de 59,49%, para os servidores do Poder Judiciário.

Senador Delcídio do Amaral e o presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão destinada a votar MP 670/2015, que trata da correção da tabela do Imposto de Renda (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Senador Delcídio do Amaral e o presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão no plenário que aprovou reajuste dos servidores do JudiciárioFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A proposta foi negociada pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA) com o Executivo e o Judiciário, permitindo uma tramitação rápida, além do parecer favorável do relator, senador José Maranhão (PMDB-PB). Os servidores do Judiciário estão sem reajuste desde 2006 e vinham pressionando em busca de aumento salarial.

Pelo texto aprovado, o reajuste vai variar de 53% a 78,56%, a depender da classe e do padrão do servidor. O pagamento deverá ser feito em seis parcelas, entre julho deste ano e dezembro de 2017. A aplicação da proposta dependerá ainda de previsão nas próximas leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e os órgãos do Poder Judiciário deverão se comprometer em ajustar as contas, otimizando os processos na área administrativa e reduzindo os gastos com funções de confiança.

A aprovação foi por unanimidade, mas, apesar disso, o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), anunciou que o projeto será vetado pela presidenta Dilma Rousseff devido aos impactos financeiros sobre as contas públicas.

Mais cedo, o senador apresentou um requerimento para adiar a votação, de modo que o governo tivesse mais tempo para negociar com os servidores do Judiciário. O requerimento foi acompanhado por ofícios do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e do ministro interino do Planejamento, Dyogo Henrique de Oliveira, solicitando o adiamento da votação. No entanto, todos os partidos votaram contra o adiamento e o projeto foi colocado em votação.

Edição: Aécio Amado

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