Maioria dos manifestantes se dispersa, mas tensão continua em frente ao Planalto
Apesar de a maior parte dos manifestantes a favor e contrários ao governo terem se dispersado, integrantes dos dois grupos permanecem na Praça dos Três Poderes e o clima de tensão continua, com troca de ofensas de ambas as partes.
A Polícia Militar desfez o cordão de isolamento que impedia que o grupo contrário ao governo se aproximasse do Palácio do Planalto e pessoas vestidas de preto e verde e amarelo ficaram a poucos metros daqueles vestidos de vermelho, separados pela polícia.
Membros do grupo contrário ao governo entraram no espelho d'água do anexo aos fundos do Congresso Nacional e também se aproximaram do Supremo Tribunal Federal.
Em diversos momentos, membros de grupos antagônicos ficaram frente a frente, ameaçando se agredirem até que a polícia chegasse para intervir, inclusive com o uso de spray de pimenta e bombas de efeito moral.
Pouco antes, o deputado Jair Bolsonaro circulou entre os manifestantes contrários ao governo e foi ovacionado, tirando várias selfies com os presentes. Em seguida, a suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma liminar expedida por um juiz do Distrito Federal foi comemorada.
A Polícia Militar estimou que, o auge da manifestação contrária ao governo reuniu 3 mil pessoas, enquanto que o grupo favorável à presidenta Dilma Rousseff e à nomeação de Lula como ministro chegou a quase 1 mil.
Mais cedo, no entanto, muitos manifestantes a favor do governo foram intimidados pelo grupo contrário ao tentar se aproximar pela via de acesso ao Palácio do Planalto. Um homem de vermelho chegou a ser agredido a socos e pontapés, tendo a camisa rasgada.
Ato em favor da presidenta Dilma no Palácio do Planalto