Manifestantes contra impeachment começam a se dispersar em São Paulo
A manifestação contra o impeachment e em defesa da presidenta Dilma Rousseff na Praça da Sé começou a se dispersar por volta das 20h de hoje. Desde as 16h, os manifestantes começaram a se reunir no local, onde estão quatro carros de som com bandeiras de diversas entidades, entre elas a Frente Brasil Popular, Central de Movimentos Populares (CMP) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Os manifestantes carregavam balões gigantes, bexigas vermelhas e faixas com mensagens contra o impeachment. João Souza Neto, metalúrgico de 47 anos, disse que o motivo do protesto de hoje é contra o golpe e pela democracia. "O impeachment é dado quando há responsabilidade e não há nada que configure crime", afirmou.
Para o aposentado Mauro Soares, 54 anos, o impeachment está sendo usado como uma manobra para a direita. "Querem voltar ao poder pela força e não pelo voto. Até agora não encontraram nada contra Dilma. Está se repetindo o que ocorreu em 64. A história se repete", acrescentou.
"Vim para dar coro às vozes contra o golpe, disse a engenheira Camila Darwiche, 23anos. Ela também é contra o impeachment, mas tem críticas ao atual governo. Apesar de discordar das políticas adotadas por Dilma, Camila informou que o impeachment "não é a saída para a crise econômica".
Ao menos em duas oportunidades uma leve chuva caiu sobre os manifestantes na Praça da Sé. No entanto, as pessoas mantiveram-se no local. Gritos de "não vai ter golpe" foram entoados pelos ativistas. O Hino Nacional também foi tocado já na parte final do ato.
A estação Sé do metrô fechou alguns dos portões, mas continuou funcionando sem intercorrências.