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Política

Líder do PR orienta contra impeachment, mas reconhece divergentes

"O PR é de natureza plural, ampla e irrestrita”, afirmou Aelton
Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/04/2016 - 15:56
Brasília
Brasília - Deputado Aelton Freitas (PR/MG)fala durante discussão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Brasília - Deputado Aelton Freitas (PR/MG)fala durante discussão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Brasília - Deputado Aelton Freitas (PR/MG) discursa na sessão que discute a admissibilidade do processo de impeachment Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O líder do PR, deputado Aelton Freitas (MG), subiu na tribuna do plenário da Câmara dos Deputados hoje (17) para orientar seu partido contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. No entanto, o próprio líder admitiu as dissidências e os votos favoráveis à continuidade do processo e disse que eles serão respeitados pelo partido.

“Rejeitamos qualquer forma de ideologia exclusiva, opressora ou obediente a uma visão hermética sobre a realidade. O PR é de natureza plural, ampla e irrestrita”, disse, em seu discurso. “Por conseguinte, trata-se de uma legenda em que não se pode esperar o fundamentalismo para a resolução de divergências”, completou.

O líder do PR ressaltou, no entanto, que o partido tem comando e que a Executiva Nacional decidiu fechar questão contra o impeachment. De acordo com ele, embora haja respeito às divergências e o reconhecimento de que cada deputado votará segundo a própria consciência, isso “não quer dizer que alguém adotou critério aleatório, de ocasião, para que o partido decidisse adotar voto contra o impeachment”.

Aelton Freitas declarou que o atual processo de impeachment está colocando “a vontade acima do império da lei” e que não é condizente com o que determina a Constituição brasileira. “Um processo de impeachemnt que partiu de parâmetros voláteis”, afimou.

Para ele, está claro que não houve dolo por parte da presidenta da República ao atrasar os pagamentos a bancos públicos pelo repasse de programas sociais – manobra que ficou conhecida como pedaladas fiscais. E tampouco, disse, na edição de decretos orçamentários que não forma submetidos à aprovação do Congresso Nacional.

“Não houve dolo porque a presidenta confiou no juízo do Tribunal de Contas da União”, afirmou, lembrando que outras contas de ex-presidentes da República haviam sido aprovadas pelo tribunal em situação semelhante à de Dilma Rousseff.

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