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Política

Professores de São Paulo aprovam participação em greve geral no dia 10

Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/04/2016 - 18:44
São Paulo
São Paulo - Assembleia dos professores da rede estadual, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo  (Rovena Rosa/Agência Brasil)
© Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo - Assembleia dos professores da rede estadual, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Participação da categoria na greve foi aprovada em assembleia no vão-livre do Masp Rovena Rosa/Agência Brasil

Professores da rede estadual de ensino de São Paulo aprovaram, em assembleia na tarde de hoje (29), a participação da categoria na greve geral contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, marcada para a próxima semana. A paralisação está prevista para 10 de maio, dois dias antes da votação da admissibilidade do processo de afastamento da presidenta, que está sendo analisado no Senado Federal.

A greve geral faz parte das mobilizações contra o impeachment da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Não podemos aceitar que quem não teve voto sente na cadeira da presidenta. Se quiser ir, que aguente até 2018. Lá, nós vamos disputar, e aí avaliamos o governo no voto. Mas não podemos aceitar um golpe dos cerca de 400 deputados favoráveis ao golpe de Estado em um país que tem sido modelo de democracia”, disse a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Isabel Noronha.

Os professores definiram ainda um calendário de mobilização para a campanha salarial deste ano. Uma reunião entre representantes da Apeoesp e da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo está marcada para o próximo dia 23. No dia seguinte, haverá assembleia para que os professores decidam sobre o início de uma eventual greve.

Após a assembleia desta sexta-feira, realizada no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os professores saíram em passeata até a Secretaria da Educação, na Praça da República. De lá, seguiram até o Centro Paula Souza, onde alunos secundaristas estão ocupando o prédio em protesto contra a má qualidade da merenda e de cortes nos recursos da educação.